Segundo o zootecnista, um experimento mostrou que, após a distância de 500 metros da fonte de água, a cada 1 km de acréscimo na caminhada, os animais podem deixar de ganhar, diariamente, 40g/km em terrenos planos; 53 g/km em espaços com leves ondulações e até 60g/km em campos ondulados.
“Essas perdas impactam diretamente os resultados dos índices de ganho médio diário do rebanho e, consequentemente, o lucro final da propriedade”.
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“Os lagos, em sua maioria, apresentam índices consideráveis de contaminação por fezes de animais, que são sentidos pelo rebanho, que passa a reduzir o consumo ou recusar a água”, afirma Marson.
Segundo o zootecnista, o bovino consegue perceber a contaminação da água em percentuais a partir de 0,05 mg/l, quando passa a buscar outra fonte de água. A partir de 2,5 mg/l, já pode-se perceber uma redução no consumo de água e, com índices acima de 5 mg/l, o animal passa a consumir menos matéria seca, ou seja, pasto, suplemento e ração.
Outro dado de importância é o referente a distância das fontes de água em áreas de pastagens. “Quando o animal caminha demais para encontrar água de qualidade tende a apresentar um desempenho menor”, diz Marson.
A dica do zootecnista é instalar diversos bebedouros espalhados pela propriedade, de acordo com o sistema de produção e a viabilidade. Além disso, Marson recomenda que se mantenha uma frequência de limpeza bem estabelecida.
“A água é um fator produtivo, assim como a genética, a nutrição e o manejo de pastagem e, por isso, interfere muito nos resultados da propriedade. Por essa razão é muito importante estar atento na qualidade da água oferecida ao rebanho, para que o animal se desenvolva bem e a lucratividade da fazenda seja garantida”.
Fonte: Caio Budel | Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ)