Ácido Butírico: uma estratégia nutricional em alternativa aos antibióticos na nutrição de frangos de corte
A preocupação com a segurança alimentar, assim como o impacto de resíduos químicos dos alimentos na saúde humana tem aumentado gradativamente nos últimos anos fazendo com que a indústria de produção animal busque soluções significativas e sofra grandes transformações.
Somado a isso, devido à restrição dos antibióticos em 2006 pela União Européia, houve a necessidade de se buscar alternativas que possam substituí-los (Widiastuti et al., 2019).
O ácido butírico é um dos aditivos zootécnicos mais utilizados nas dietas para frangos de corte, estando envolvido no:
Segundo Sengupta et al. (2006), o ácido butírico tem efeito direto na proliferação, maturação e diferenciação das células da mucosa, porque pode influenciar a expressão gênica e a síntese proteica, além do crescimento das alturas das vilosidades, fazendo com que haja aumento da superfície de absorção no intestino delgado e a otimização da utilização dos nutrientes.
Os ácidos graxos de cadeia curta, como o ácido butírico, são rapidamente absorvidos e metabolizados pelas células da mucosa.
Desse modo, quando as aves ingerem a dieta, sua absorção e metabolização inicia-se na mucosa do papo podendo continuar ao decorrer de todo trato gastrintestinal, limitando a quantidade de ácido butírico que chega ao intestino delgado, restringindo seu uso prático na produção animal (Kaczmarek et al., 2016).
A técnica do microencapsulamento foi desenvolvida para melhorar a proteção, a biodisponibilidade e a liberação controlada do ácido no organismo do animal.
Pois, grande parte do ácido fornecido é dissociado e absorvido antes mesmo de chegar ao intestino, prejudicando a eficácia deste ao longo do trato gastrintestinal que tem valores de pH mais alcalino.
Com a finalidade de promover a liberação lenta e contínua do ácido ao longo do trato digestório foi desenvolvida a técnica do microencapsulamento na qual pequenas partículas ou gotículas são cercadas por uma película constituída de carboidratos, celuloses, lipídios ou proteínas, formando pequenas cápsulas esféricas de parede uniforme (Jyothi Sri et al., 2012).
Resultando assim, na liberação lenta, após a ingestão pela ave, de modo que o ácido atinja o trato intestinal e os cecos sem ter sido dissociado nos órgãos anteriores sendo melhor absorvido
(Van Immerseel et al., 2003). |
O butirato de sódio (BS) é um ácido graxo de cadeia curta formado após o ácido butírico ser quelatado pelo mineral sódio (Na+2), e sua fórmula molecular é C₄H₇O₂Na. Por ser mais estável, possuir odor menos intenso, e proporcionar efeitos positivos no desempenho e na integridade intestinal, é o mais utilizado em dietas para frangos de corte (Jiang et al., 2015; Lan et al., 2020).
Levando em consideração a multifuncionalidade e alta eficiência, o butirato de sódio é uma estratégia para melhorar a produção e saúde avícola (Miao et al., 2021).
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