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As micotoxicoses na produção avícola e seu monitoramento em toda América Latina

Vetanco S.A. está comprometida em tratar do impacto das micotoxinas na produção avícola, não apenas com produtos de última geração para o controle da micotoxicose, mas também, desde 2017, monitorando a prevalência de micotoxinas em toda a América Latina.

COMO AS MICOTOXINAS AFETAM A PRODUÇÃO AVÍCOLA ATUAL?

Na produção de frango de corte, reprodutoras e poedeiras, a apresentação de micotoxicoses mudou significativamente em comparação com os últimos 10 anos.
Atualmente, as lesões hepáticas macroscópicas típicas associadas às aflatoxinas, ou as numerosas petéquias a nível muscular, ou mesmo as lesões orais extensas causadas por tricotecenos, não são mais observadas.

Com um aumento das micotoxinas do gênero Fusarium, os principais quadros observados são do tipo “subclínico”. Grandes alterações macroscópicas não são observadas, mas é a soma de pequenas alterações que acabam prejudicando os índices produtivos.
Dentro destas alterações das Fusarium toxinas que mais se destacam são:

Diferentes espécies animais reagem de forma diferente aos efeitos tóxicos da Zearalenona (ZEA), que pode estar relacionada à biotransformação hepática desta micotoxina:
Em suínos, há uma predominância da conversão da ZEA a α-zearalenol devido à ação da enzima 3-α-HDS (3β-hidroxiesteroide deshidrogenasa) (Fink-gremmels & Malekinejad, 2007).
As células do fígado dos suínos produzem uma quantidade maior de α-zearalenol, que tem uma maior atividade estrogênica em comparação com β-zearalanol, enquanto as células do fígado dos frangos produzem a maior quantidade de β-zearalenol (Malekinejad et al., 2006).
Outra peculiaridade dos suínos é que, em comparação com outras espécies animais, eles são menos capazes de inativar a ZEA e seus metabólitos (Fink-gremmels & Malekinejad, 2007).

As altas demandas de crescimento (metabolismo) e produção de ovos significam que o fígado está sempre trabalhando em seu limite, lembrando que o fígado é responsável por inúmeros caminhos metabólicos que são essenciais para a vida e a produção.
Está envolvido no metabolismo de lipídios, glicose, proteínas, bem como na resposta imunológica primária através da produção de proteínas de fase aguda e sistema complemento.

Da mesma forma, para as galinhas poedeiras, as semanas que antecedem e durante o pico de postura são as semanas de maior demanda metabólica. Além disso, como essas aves têm um período de vida mais longo, essas têm mais tempo para serem expostas aos efeitos crônicos das micotoxinas, que, na maioria das vezes, não geram lesões clínicas, mas se manifestam de forma subclínica, diminuindo os índices produtivos, como por exemplo:

É nessa fase crítica, na qual o fígado está com um metabolismo aumentado e, portanto, com uma alta produção de radicais livres, na qual a presença de micotoxinas pode causar sérios distúrbios, alterando a função hepática e a resposta imunológica.

COMO MUDOU A PREVALÊNCIA DE MICOTOXINAS NOS ÚLTIMOS ANOS?

Na América Latina, houve uma série de mudanças que fizeram com que as prevalências de micotoxinas se alterassem significativamente:

Comercialização dos grãos: a dinâmica da comercialização significa que os grãos são armazenados por cada vez menos tempo. Isto evita o desenvolvimento fúngico durante o processo.
Desenvolvimento de fungicidas: em conjunto com o acima exposto, foram desenvolvidos antifúngicos eficazes que impedem ou diminuem o desenvolvimento durante o armazenamento.
Uso da semeadura direta: o aumento do plantio direto leva a um aumento da prevalência dos fungos do gênero Fusarium, que geralmente se desenvolvem no campo. A parte vegetativa do cereal continua no campo, para a próxima semeadura, essa carga ambiental fúngica está presente nessa lavoura e poderá aumentar a prevalência desses fungos e consequentemente a contaminação desses cereais por micotoxinas.
Mudanças climáticas: favorecidas pelo ponto anterior, os fungos do gênero Fusarium são estressados pelas mudanças climáticas durante o cultivo. As secas, enchentes e geadas proporcionam o estressamento fúngico e consequentemente temos uma grande quantidade de micotoxinas produzidas.


Assim, hoje podemos observar que tanto a prevalência quanto a concentração de micotoxinas do gênero Fusarium tem aumentado significativamente (especialmente as Fumonisinas). Com prevalências de 75% para a Argentina, 82% para o Brasil e 81% para o México, enquanto as concentrações foram da ordem de 2.000 ppb em média.
Da mesma forma, as Aflatoxinas, embora mantenham o primeiro ou segundo lugar na ordem de prevalência (51% para a Argentina, 40% para o Brasil e 87% para o México) as concentrações caíram significativamente e hoje se observa uma média de 4 ppb.

COMO ESTA MUDANÇA INFLUENCIA A ESCOLHA DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE?

Obviamente, a primeira estratégia de controle deve ser um monitoramento e seleção correta das matérias-primas, mas muitas vezes a grande demanda ou a escassa oferta não nos permite fazer uma seleção ideal.
É por isso, que com o aumento das micotoxinas do gênero Fusarium (Fumonisinas, Tricotecenos y Zearalenona) é essencial ter métodos de controle de amplo espectro.
Devido às características químicas destas micotoxinas, estruturas de alto peso molecular e baixa polaridade, os sequestrantes não são uma opção adequada e é necessário recorrer a um aditivo antimicotoxina com capacidade de inativar, a fim de garantir uma eliminação dessas micotoxinas.
 

QUE FERRAMENTA A VETANCO TEM PARA ESTA SITUAÇÃO?


Detoxa® Plus é um aditivo antimicotoxina líder a nível mundial. É desenvolvido a partir do Lisado de cepas específicas de Saccharomyces cerevisiae, o Detoxa® Plus possui todas propriedades necessárias para biotransformar Fumonisinas, Tricotecenos, Ocratoxinas e Zearalenona. Desta forma, atua com um amplo espectro de ação e alta especificidade.
Além disso, tendo sido desenvolvido especificamente para monogástricos, o Lisado de Saccharomyces cerevisiae presentes no Detoxa® Plus apresentam pico de atividade em pH ácido.
Desta forma, as micotoxinas são eliminadas durante as primeiras porções do trato gastrointestinal, antes de chegarem ao intestino, onde poderiam ser absorvidas se tivessem disponíveis.

Por:

M.V. Rodrigo Borges – Gerente Técnico, Filial México.
Msc. M.V. Fabio Luis Gazoni – Coordenador Técnico Comercial, Vetanco S.A.
M.V. Esp. Bruno Vecchi – Coordenador Técnico Científico, Vetanco S.A.

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