A creatina desempenha um papel vital no metabolismo energético e na formação dos músculos e outros tecidos do corpo. Ela á encontrada em produtos de origem animal, por ser estocada principalmente nos tecidos musculares. Sendo assim, não é encontrada nos vegetais.
As rações compostas basicamente por ingredientes de origem vegetal, como o farelo de soja e o milho, ou com baixas quantidades de ingredientes de origem animal não são capazes de atender a demanda diária de creatina dos animais.
Apenas dois terços das necessidades diárias de creatina podem ser sintetizadas endogenamente e o restante deve ser suplementado através da alimentação.
Apesar dos ingredientes de origem animal serem fontes ricas de creatina, o processamento e o tratamento térmico diminuem significativamente seus teores. A
ssim, a creatina dietética ou seus precursores são naturalmente baixos em dietas com baixo teor de proteína bruta (PB), pois normalmente nessas dietas menos farinhas proteicas e mais aminoácidos são usados.
Isso coloca um fardo adicional na síntese de novo de creatina, que não é adequada para atender às necessidades da ave e, portanto, o desempenho de crescimento dos frangos pode ser comprometido.
É sintetizada endogenamente a partir dos aminoácidos arginina (Arg) e glicina (Gly). Quando Gly recebe um grupo guanidina de Arg em uma reação catalisada principalmente no rim, onde é produzido o ácido guanidinoacético (AGA). O GAA é então transportado para o fígado e lá é submetido a diversas reações para formar a creatina.
Essa creatina é transportada do fígado para as células de alta demanda energética, como:
E é fosforilada para formar fosfocreatina. A fosfocreatina converte o difosfato de adenosina (ADP) em trifosfato de adenosina (ATP) durante sua desfosforilação.
Assim, creatina celular serve como uma molécula de armazenamento de energia e pode produzir ATP sob demanda para fornecimento de energia.
Isso é particularmente importante durante períodos de alta demanda de energia, como o rápido crescimento muscular em frangos de corte, e evita a formação de substâncias reativas ao oxigênio que afetam negativamente o desempenho.
A formação de AGA a partir de Arg e Gly é regulada por um mecanismo de feedback negativo que envolve as concentrações circulantes de creatina e ornitina.
Embora a suplementação dietética de L-Arg tenha menos efeito no metabolismo energético e nas concentrações de creatina muscular, a suplementação dietética de GAA mostrou melhorar o nível de creatina muscular, a proporção de fosfocreatina para ATP nos músculos e aumentou o nível sérico de Arg.
- Dieta com teor de PB normal
- Dieta com baixo teor de PB (15 g/kg) deficiente em Arg,
- Dieta com baixo teor de PB suficiente em Arg e
Dietas com baixo teor de PB com GAA, onde 0,1% adicionado de L-Arg foi poupado por GAA em 50, 100 e 150% com e sem betaína 0,1%.
Os tratamentos foram oferecidos nas fases de crescimento (d 10−24) e terminação (d 25 −42).
Esses autores recomendaram que o ácido guanidinoacético pode ser usado para substituir 150% de Arg em dietas de PB moderadamente baixas oferecidas a frangos de corte para desempenho de crescimento, qualidade de carne e conversão ou produção comparáveis de creatina.
Para maior eficiência alimentar e maior deposição de creatina muscular, maiores taxas de reposição podem ser consideradas. O aumento da taxa de conversão alimentar e do peso da gordura abdominal são os principais problemas em frangos de corte alimentados com dietas com baixo teor de PB, mas uma substituição parcial da Arg dietética por AGA pode ajudar a resolver esses problemas.
O uso de AGA pode ser uma estratégia nutricional para a implementação bem-sucedida de um programa de alimentação de baixa PB para frangos de corte.