Tolerância e avaliação de segurança dos ácidos L-glutâmico e N,N-diacético como aditivo alimentar em dietas de frangos de corte
Os minerais, nutrientes vitais para garantir a saúde humana e animal, podem ser absorvidos por qualquer segmento do trato gastrointestinal. Porém, são absorvidos principalmente no intestino delgado. Muitos fatores podem influenciar a absorção de minerais entre os quais: antagonistas dietéticos e níveis alimentares de outros minerais.
Quelatos são compostos por moléculas com alta afinidade para ligar elementos residuais e mantê-los em solução. Durante a digestão, a formação desse complexo estável minimiza a formação de complexos insolúveis, resultando na preservação da biodisponibilidade nutricional.
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 48 unidade experimentais e a alimentados com uma das seis dietas avaliadas. A tolerância ao aditivo foi avaliada por meio do acompanhamento do desempenho das aves durante o ensaio.
- Ao final do experimento foi avaliada a toxicidade do aditivo, determinada por meio de hematologia, bioquímica plasmática e necropsia bruta. Os níveis de resíduo de GLDA foram avaliados no fígado, rim e no tecido do peito das aves utilizadas para necropsia.
A inclusão de 300 mg/kg resultou em aumento no peso corporal das aves. No entanto, no nível de 10.000 mg/kg de GLDA houve menor ganho de peso. O aditivo foi adicionado como um sal tetra-sódio, levando a níveis de sódio 2,5 vezes maiores no último tratamento em comparação a dieta de controle.
Esse aumento pode ter criado uma barreira intestinal e, assim reduzido a absorção pela parede do intestino, refletindo no menor peso das aves. Não houve diferença para o número de animais mortos.
Assim, a presente pesquisa demonstrou que há alta tolerância dietética ao GLDA em frangos de corte e indicou que o GLDA não representa risco significativo para a segurança alimentar quando suplementado abaixo de 3.000 mg/kg.
Texto Original: Tolerance and safety evaluation of L-glutamic acid, N,N-diacetic acid as a feed additive in broiler diets
Por: Boerboom, G. et al. (2021)