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Avaliação dos ácidos L-glutâmico e N,N-diacético como aditivos para frangos

Tolerância e avaliação de segurança dos ácidos L-glutâmico e N,N-diacético como aditivo alimentar em dietas de frangos de corte

Os minerais, nutrientes vitais para garantir a saúde humana e animal, podem ser absorvidos por qualquer segmento do trato gastrointestinal. Porém, são absorvidos principalmente no intestino delgado. Muitos fatores podem influenciar a absorção de minerais entre os quais: antagonistas dietéticos e níveis alimentares de outros minerais.

Em sistemas de produção animal, o zinco (Zn) é frequentemente suplementado acima dos requisitos (120 ppm vs 40 ppm) para compensar a incerteza na biodisponibilidade. Esta prática resulta em baixa eficiência relativa da utilização de Zn. Além disso, a maior excreção de Zn no ambiente contribui para a poluição ambiental.

Quelatos são compostos por moléculas com alta afinidade para ligar elementos residuais e mantê-los em solução. Durante a digestão, a formação desse complexo estável minimiza a formação de complexos insolúveis, resultando na preservação da biodisponibilidade nutricional.

Os minerais quelatados como o ácido L-glutâmico e o ácido N,N-diacético (GLDA) mostraram aumentar a disponibilidade nutricional de Zn em frangos de corte. Assim, o objetivo deste estudo foi estudar a tolerância alimentar, o potencial de bioacumulação e avaliar a segurança do GLDA quando suplementado em dietas de frango em 0, 100, 300, 1000, 3.000 e 10.000 mg/kg. Foram utilizados 480 frangos de corte.

Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 48 unidade experimentais e a alimentados com uma das seis dietas avaliadas. A tolerância ao aditivo foi avaliada por meio do acompanhamento do desempenho das aves durante o ensaio.

A inclusão de 300 mg/kg resultou em aumento no peso corporal das aves. No entanto, no nível de 10.000 mg/kg de GLDA houve menor ganho de peso. O aditivo foi adicionado como um sal tetra-sódio, levando a níveis de sódio 2,5 vezes maiores no último tratamento em comparação a dieta de controle.

Esse aumento pode ter criado uma barreira intestinal e, assim reduzido a absorção pela parede do intestino, refletindo no menor peso das aves. Não houve diferença para o número de animais mortos.

Os níveis de resíduos de GLDA no maior nível de inclusão indicam que 0,0005% do consumo total de GLDA é acumulado no tecido do peito. No maior nível de inclusão de minerais quelatados observou-se valor elevado de GLDA no rim e fígado.

Isso indica que a pequena fração de GLDA absorvida foi prontamente excretada pelo animal. Com 100 e 300 mg/kg de inclusão do GLDA, havia quantidades insignificantes de GLDA presentes em todos os tecidos avaliados.

Assim, a presente pesquisa demonstrou que há alta tolerância dietética ao GLDA em frangos de corte e indicou que o GLDA não representa risco significativo para a segurança alimentar quando suplementado abaixo de 3.000 mg/kg.

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