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Os avanços na formulação de rações e desenvolvimento de aditivos

Escrito por: Luciano Andriguetto - Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná(1986), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná(1989) e doutorado em Animal Science pela Cornell University(1995). Atualmente é PROFESSOR ADJUNTO II do Departamento de Zootecnia. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal. Atuando principalmente nos seguintes temas: LIPÍDIOS, OVINOS, ESTRADIOL.
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Os avanços de tecnologias na formulação de rações e no desenvolvimento de aditivos

A produção animal tem apresentado um avanço vertiginoso, em várias frentes. Desde a retirada dos antibióticos promotores de crescimento, muito tem se pesquisado com o objetivo de garantir a saúde dos animais e sua consequente eficiência produtiva. 

Outro vetor cada vez mais importante é a preocupação com a sustentabilidade da produção animal, buscando reduzir o impacto da atividade. E isso em paralelo com os constantes avanços genéticos. Em suínos, o avanço das linhagens hiperprolíficas coloca um desafio enorme à criação dos leitões, agora menores e mais numerosos. 

Inúmeros novos processos e aditivos têm surgido, desde substitutos lácteos UHT prontos para uso, com altíssima digestibilidade, até uma grande gama de aditivos melhoradores de saúde intestinal. O período da desmama continua sendo o momento de maior desafio, e todas as novas tecnologias na formulação de rações trazem alguma melhoria. 

O desafio atualmente para o nutricionista e o produtor é o de fazer a melhor combinação de novas tecnologias, buscando sinergias e evitando antagonismos. A expansão sem dúvida é uma ótima ferramenta para melhoria da digestibilidade e palatabilidade das dietas.

Melhor consumo leva a ganho de peso mais rápido, terminando os animais mais cedo. Maior digestibilidade permite melhor conversão alimentar e menor uso dos ingredientes, dois pontos críticos para a sustentabilidade da atividade. Porém alguns pontos precisam ser considerados. 

Um é o custo do processamento, que deverá ser compensado pelo melhor desempenho, situação esta que dependerá da evolução do custo de energia versus o preço pago pela carne. Nem todo ganho de eficiência nutricional tem necessariamente um resultado econômico correspondente.

Outra questão a considerar é que o processo de expansão pode ser limitante na aplicação de outras tecnologias, como enzimas e probióticos. 

É importante então buscar maneiras de conciliar tecnologias, como aplicação pós-pellet, expansão apenas dos macroingredientes, escolha de novas opções de ingredientes, como os hidrolisados etc. 

À medida que aumentam as opções, aumenta a exigência de conhecimento dos nutricionistas, para fazerem as melhores escolhas. E o papel do nutricionista se torna cada vez mais relevante para o resultado da atividade! 

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