Acumulado – No acumulado de janeiro a abril de 2021, em comparação a igual período de 2020, o superávit é de US$ 18,26 bilhões, com crescimento de 106,4%. A corrente de comércio atinge US$ 146 bilhões, registrando alta de 20,7%. As exportações cresceram 26,6% e somaram US$ 82,13 bilhões, enquanto as importações subiram 14% e totalizaram US$ 63,87 bilhões.
Quadrimestre – Segundo a Secex, a exportação do quadrimestre também foi a maior da série histórica para os primeiros quatro meses do ano. Já o saldo comercial foi o segundo maior, atrás apenas do superávit de 2017, de US$ 19 bilhões, enquanto a corrente de comércio foi a terceira maior para o período.
Fatores – O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, explicou que esse aumento das vendas externas se deve tanto à alta dos preços quanto à dos volumes exportados. “Até março, o principal fator que explicava o aumento das exportações era o preço. Com o aumento das quantidades, chegou-se a esse bom resultado, de valor recorde exportado de mais de US$ 26 bilhões no ano”, comentou.
Agropecuária – A Agropecuária se destacou, com um crescimento de 35,8% na quantidade em relação a abril de 2020, sobretudo nas vendas de soja. Os embarques da oleaginosa subiram 17% e atingiram o recorde de 17,4 milhões de toneladas, permitindo um resultado que foi ajudado, também, pelo aumento de 22,3% do preço no mês. “Temos uma recuperação da demanda mundial, preços de importantes produtos da pauta de exportação brasileira em alta, além da concentração dos embarques de soja. Tivemos uma safra tardia este ano, o que fez com que os embarques aumentassem mais em março e abril, em detrimento de fevereiro e janeiro. Mesmo assim, temos uma safra recorde e uma demanda mundial aquecida, o que fez com que esse produto tivesse um destaque”, disse Brandão.
Alta das importações– A Secex também constatou crescimento das importações em todos os setores. A Indústria de Transformação – que representa 90% das compras – teve aumento de 42,6%. Em quantidades, esse segmento registrou alta de 30% nas compras, puxada por insumos e bens intermediários.
Atenção – Apontando o gráfico das importações pela média diária, Herlon Brandão chamou a atenção para o fato de que a pandemia da Covid-19 e a desaceleração da economia em 2020 produziram “um vale no meio do ano”, enquanto em 2021 há uma trajetória mais sustentada, com uma média em torno de US$ 800 milhões por dia útil, em todos os meses do ano. “Devemos observar crescimentos elevados das importações, por efeito de base de comparação, ao longo do ano”, previu.
Destinos e origens – Em relação aos destinos, aumentaram em 55,1% as vendas para a China, mas Brandão salientou que a alta foi registrada para toda a Ásia, a exemplo do Japão, que comprou 36% a mais do Brasil no mês passado. Para os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), a alta foi de 53% e, para a Coreia, de 43,6%.
Previsões – Herlon Brandão lembrou que em janeiro a Secex divulgou uma previsão “mais modesta” – de 5% no crescimento das exportações para o ano – devido a um cenário de incerteza em relação aos efeitos da pandemia, ritmo de vacinação e comportamento dos consumidores. Com os resultados dos primeiros três meses, a projeção foi revisada para US$ 266,6 bilhões de exportações no ano, o que seria um recorde anual.
Expectativa – “Esse último resultado projetado mostrava um crescimento de 27%. O crescimento no quadrimestre, até agora, é de 26,6%. Então, essa projeção do primeiro trimestre antecipou esse bom resultado de abril. Por mais que possamos achar surpreendente, está dentro do que foi previsto até agora e, por enquanto, não há motivo para acreditar que vá se alterar essa expectativa”, afirmou.
Contexto – De acordo com o subsecretário, o mesmo vale para as previsões de importações e do saldo comercial: “Quando divulgamos essa projeção, a expectativa era de um saldo de quase US$ 90 bilhões. Então, o saldo expressivo de abril, de US$ 10 bilhões, também está dentro desse contexto”, concluiu Herlon Brandão. (Ministério da Economia).
Por: Sistema Ocepar