Até aqui neste mês de agosto, o Brasil exportou 4.708.634 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nos 15 primeiros dias úteis do mês já representa 8,59% a mais do total de 4.335.763 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de agosto de 2021.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 313.908,9 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 59,3% com relação as 197.080,1 do mês de agosto de 2021.
Somente no período entre janeiro e julho de 2022, foi observado um crescimento de 85,7% no comparativo do volume acumulado das vendas externas de milho no mesmo período do ano anterior.
“O movimento está relacionado à dificuldade da China em internalizar as cerca de 10 milhões de toneladas do grão que normalmente eram trazidas da Ucrânia, além da incidência de pragas nas lavouras que o país asiático tem enfrentado. Além disso, em razão de intempéries climáticas, as estimativas de produção de milho na Europa foram reduzidas em quase cinco milhões de toneladas, indicando que a demanda pelo produto do Brasil deverá aumentar”, destaca a Conab em nota divulgada nesta semana.
Já para todo o ciclo, a Anec projeta exportações brasileiras de milho em 43 milhões de toneladas, contra as 41 esperadas pela StoneX e algo entre 35 e 25 milhões estimadas pela Germinar Corretora.
As perspectivas são de ainda mais exportações nos próximos meses, especialmente com o advindo da China chegando ao mercado brasileiro para importar o milho nacional.
“Nós sabemos do apetite chinês e se eles vierem não vai ser para comprar poucos volumes. O Brasil já deve exportar muito em 2022 e isso tende a aumentar ainda mais essa demanda”, afirma o diretor da Pátria Agronegócios, Cristiano Palavro.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,280 bilhões no período, contra US$ 832,741 milhões de todo agosto do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 125,5% ficando com US$ 85,366 milhões por dia útil contra US$ 37,851 milhões no último mês de agosto.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 41,6% no período, saindo dos US$ 192,10 no ano passado para US$ 271,90 neste mês de agosto.
Por: Guilherme Dorigatt
Fonte: Notícias Agrícolas