Técnicos do sistema financeiro, de assistência técnica, de cooperativas, universidade, empresas privadas e de três centros de pesquisa da Embrapa validaram, em 28 de novembro, os estudos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) aplicado em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) – consórcio milho-braquiária, para o Estado de São Paulo.
Essa validação com o setor produtivo está ocorrendo em várias regiões do Brasil. O estudo é importante porque subsidia produtores de todo o país em relação à melhor época para plantio e orienta agentes financeiros na concessão de créditos. Ao seguir as recomendações do Zarc, o produtor tem acesso ao Proagro, Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural. Atualmente, o Brasil tem 44 cadeias produtivas com zoneamento agrícola.
SUGESTÕES
De acordo com pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), o Zarc é um instrumento público de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. “O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos extremos e indica para cada município a melhor época ou janela de semeadura ou plantio das culturas nos diferentes tipos de solo e para os diferentes ciclos de cultivar”, explicou. A Embrapa é responsável pela execução e validação do zoneamento agrícola no Brasil.
Para a pesquisadora Patrícia Menezes Santos, da Embrapa Pecuária Sudeste, essas reuniões de validação são muito ricas por reduzirem eventuais distorções do zoneamento.
Durante a reunião, os participantes fizeram simulações para verificar as melhores épocas para plantio ou semeadura nas regiões de Prudente, Bauru e Araras. O sistema indica os decêndios (períodos de dez dias) em que a segurança varia de 60%, 70% e 80% em três tipos de solos diferentes – mais arenosos, médios e mais argilosos. O painel de indicação de riscos está disponível no site do Mapa, que pode ser acessado aqui.
Embrapa Pecuária-Sudeste