Carnes sobem 8% em novembro e pressionam inflação em alta

A inflação de novembro foi impulsionada por um aumento expressivo no grupo de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,55%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE. O maior impacto veio do aumento no preço das carnes, que dispararam 8,02% no mês, contribuindo significativamente para a variação geral de 0,39% na inflação.

Entre as carnes que mais pressionaram o índice estão contrafilé, alcatra e costela, além da refeição fora de casa, que também teve aumento devido ao impacto nos custos dos alimentos.

Essa alta não só atingiu o bolso dos consumidores, como exerceu impacto direto no índice geral de inflação, representando 0,33 ponto percentual (p.p.). A escalada nos preços das proteínas animais vem acompanhada de aumentos nos óleos de cozinha, como o óleo de soja, que também registrou impacto.

Regionalmente, o impacto da alta das carnes foi sentido em todo o país. Em Rio Branco, o aumento de 8,04% no preço das proteínas foi o principal responsável pela maior variação de inflação entre as localidades pesquisadas (0,92%). Em contraste, Porto Alegre, que teve a menor variação regional (0,03%), foi beneficiada por quedas nos preços da energia elétrica e da gasolina.

Embora as carnes tenham dominado o cenário, outros itens também contribuíram para a inflação. No grupo de Transportes, o destaque foi o aumento de 22,65% nas passagens aéreas, devido à proximidade do final de ano e aos feriados, o que adicionou 0,13 p.p. ao índice. Já os preços dos combustíveis registraram queda, com destaque para a gasolina (-0,16%).

Enquanto isso, no grupo Despesas pessoais, o cigarro subiu 14,91%, reflexo do aumento de impostos, contribuindo com 0,07 p.p..

Com a inflação acumulada de 4,29% no ano e de 4,87% nos últimos 12 meses, a alta das carnes reforça o impacto das dinâmicas globais e internas no orçamento das famílias. O próximo levantamento, referente a dezembro, será divulgado em 11 de janeiro.