China tem maior safra da história e anuncia plano para reduzir compra de grãos | Gigante asiático vai focar esforços em cinco culturas, entre elas soja e milho
A China anunciou que acelerará o desenvolvimento de novas variedades de soja e milho para reduzir e, inclusive, eliminar a dependência externa de cinco commodities agrícolas, entre elas a soja e o milho.
Em um comunicado do Ministério da Agricultura, o gigante asiático confirmou que está trabalhando para melhorar o rendimento das lavouras.
“O foco estará em cinco culturas-chave – milho, arroz, trigo, soja e canola – e no melhor aproveitamento e coordenação de boas terras, sementes de alta qualidade, maquinário e práticas agrícolas”, declarou o ministério, segundo a agência Reuters.
China e novos desenvolvimentos genéticos
Segundo o governo chinês, o objetivo é garantir a segurança alimentar sem depender de outros países. A Reuters destacou que a meta é aumentar a produção de grãos em 50 milhões de toneladas até 2030. Isso representaria um crescimento de 7% em relação à safra recorde de 2024.
- “A China alcançou um recorde histórico de 706,5 milhões de toneladas, 1,6% a mais que as 695,41 milhões de toneladas de 2023”, informou a agência internacional.
Por outro lado, o Ministério da Agricultura da China comunicou que buscará financiamento para obter o aumento de produtividade. Atualmente, a China depende da compra de grãos de países como Argentina, Brasil, entre outros, para alimentar sua população e seu rebanho.
Dessa forma, a meta é reduzir a dependência de importações para garantir a segurança alimentar dos 1,4 bilhão de habitantes chineses.
“Promoveremos vigorosamente a produção estável de grãos, o aumento de produtividade e garantiremos o fornecimento seguro de grãos e de produtos agrícolas essenciais”, declarou o ministério.