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Condição corporal é decisiva na recuperação das vacas no pós-parto

Vacas não obesas se recuperam melhor no pós-parto. Monitorar a condição corporal das vacas na reta final da gestação é fundamental para uma boa saúde dos animais após o parto, apontou estudo da PUCPR

Evitar a obesidade nas vacas no último terço da gestação é essencial para que se tenha animais saudáveis tanto na reta final da gravidez quanto no pós-parto. Ainda que pareça contraditório, vacas que 60 dias antes do parto se encontram obesas perdem muito peso até o nascimento dos filhotes, o que é danoso para a saúde dos ruminantes. Foi o que concluiu estudo conduzido pelo professor Ruã Darós, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com pesquisadores do Canadá.

“Perder condição corporal nos dois últimos meses de gestação é prejudicial à saúde das vacas. Vacas que estão muito obesas nesse período perdem bastante peso até o parto, independentemente do quanto elas comam por dia. De nada adianta, portanto, tentar alimentá-las mais. Vacas não obesas são capazes de manter o peso ideal até a data do parto, o que explica melhor sua saúde após dar à luz. Assim, para termos vacas mais saudáveis no período pós-parto, precisamos evitar que elas fiquem obesas no terço final da gestação”, afirma Darós, lembrando que a gravidez das vacas varia de 280 a 290 dias, tendo uma base de nove meses.

O pesquisador da PUCPR explica que a alteração da condição corporal das vacas durante o chamado período seco, que compreende os dois últimos meses de gestação, é associada a diversas doenças no período de transição, que se refere ao intervalo que vai das três semanas que antecedem o parto às três semanas após o animal parir. Por isso, é fundamental se atentar à saúde dos animais nesses momentos específicos.

Divulgação PUCPR

Para realizar o estudo, foram utilizadas 100 vacas da estação experimental da Universidade de Guelph, no Canadá, das quais foram coletados dados de obesidade (condição corporal) dos animais durante a fase final da gestação, no dia do parto e após. Também foram medidos o consumo de alimentos diários de cada vaca durante os 60 dias que antecederam o fim da gestação.

Além de Darós, participaram do estudo os pesquisadores Casey Haervekes e Trevor DeVries, da Universidade de Guelph. A pesquisa “Body condition loss during the dry period: Insights from feeding behavior studies” (“Perda de condição corporal durante o período seco: insights de estudos de comportamento alimentar”, em tradução livre) foi publicada no Journal of Dairy Science, revista científica oficial da American Dairy Science Association (Associação Americana de Ciência da Produção Leiteira), e pode ser conferida na íntegra clicando aqui.

Assessoria de Imprensa

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