Com questão sanitária da carne de frango superada, custo de nutrição é principal ponto de atenção
O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais altos, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, os custos de nutrição animal ainda preocupam, considerando o recente comportamento do milho no mercado doméstico.
Além disso, Iglesias pontua que as exportações estão agressivas no momento, mostrando na avaliação do analista que a questão sanitária foi devidamente superada.
No mercado atacadista, o cenário se depara com preços firmes no decorrer da semana, com o ambiente de negócios ainda sugerindo pela elevação dos preços no curto prazo, mesmo em um período em que a demanda não é tão interessante.
“Este movimento é consequência do recente comportamento dos preços da carne bovina, ampliando a competitividade das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, que conta com menor valor agregado se comparado as demais proteínas”, conclui.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito subiu de R$ 10,60 para R$ 10,80, o quilo da coxa seguiu em R$ 8,00 e o quilo da asa foi de R$ 12,50 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 10,80 para R$ 10,90, o quilo da coxa continuou em R$ 8,20 e o quilo da asa teve alta de R$ 12,75 para R$ 12,80.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudança nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 10,70 para R$ 10,90, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 8,10 e o quilo da asa aumentou de R$ 12,60 para R$ 12,70. Na distribuição, o preço do peito continuou teve acréscimo de R$ 10,90 para R$ 11,00, o quilo da coxa permaneceu em R$ 8,30 e o quilo da asa subiu de R$ 12,85 para R$ 12,90.
- O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,40 e, em São Paulo, em R$ 5,50.
- Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
- No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou R$ 5,35, em Goiás em R$ 5,35 e, no Distrito Federal, em R$ 5,40. Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 6,90 para R$ 6,40, no Ceará de R$ 6,90 para R$ 6,50 e, no Pará, de R$ 7,00 para R$ 6,70.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 554,758 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 39,625 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 286,609 mil toneladas, com média diária de 20,472 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.935,6.
Em relação a outubro de 2023, houve avanço de 25,8% no valor médio diário, alta de 14,9% na quantidade média diária e avanço de 9,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Safras & Mercado