Durante a última semana, as cotações do contrato de jul/22 de milho na CME Group atingiram o
recorde de US$ 8,10/bu, máxima dos últimos 10 anos. Dessa forma, os conflitos (Rússia e a Ucrânia) seguem pautando um cenário incerto em relação à oferta do milho ucraniano, pois o país é o quarto maior exportador mundial do cereal.
Outro ponto que culminou na alta, estão as preocupações quanto à previsões climáticas nos EUA, devido à estimativa de geada para as regiões produtoras do cereal do país. Apesar disso, é muito cedo para definir o cenário da safra norte-americana, visto que, os trabalhos iniciaram neste mês e a estimativa da área de milho é recorde para a temporada.
Por fim, apesar do dólar apresentar recuo nas últimas semanas, os recordes nas cotações em Chicago na semana passada, somado a uma menor oferta do milho esperada no mercado mundial, estimularam a alta de 3,19% na paridade de jul/22 ante a semana passada, que podera impactar as exportações do cereal mato-grossense.
Essa alta, se deu pelo aumento no custo dos macronutrientes em 1,42%, que foram impactados pela valorização nos preços dos fertilizantes em mar.22, devido às incertezas quanto à oferta do produto no mercado internacional.
Para se ter uma ideia, em mar.22 o preço;
- Do MAP,
- Da ureia e
- Do KCL,
Aumentou de 107,95%, 95,60% e 155,08%, comparado com o mesmo período do ano passado, respectivamente.
Por fim, além da alta nos preços, o desafio dos produtores para a próxima safra, se estende em relação à disponibilidade dos produtos, que estão sendo afetados fortemente pelas sanções à Russía e Biolorussia, crise energetica na China, entre outros fatores.
Fonte: Imea