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Desvendando o potencial do sorgo na nutrição de aves e suínos

Escrito por: Alana Serraglio - Médica Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestranda em Nutrição de Monogástricos com ênfase em nutrição de suínos e aves pelo programa de Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). , Ana Carolina Britto Doi - Graduanda em Zootecnia pela Universidade Federal do Paraná. Possui experiência na área de nutrição de animais não-ruminantes. Atualmente é estagiária na BRF, atuando com frangos de corte. , Simone Gisele de Oliveira - Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA - 1999), mestrado em Ciência Animal e Pastagens pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2002) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação e Conservação de Alimentos para Animais. , Vivian Izabel Vieira - Bacharel em zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (2009-2013). Foi bolsista PIBIC e PIBITI/CNPq/Fundação Araucária entre os anos de 2010 e 2013. Possui mestrado em zootecnia pela Universidade Federal do Paraná (2014-2016), com pesquisa na área de nutrição e produção de frangos de corte. Durante o mestrado participou de diversos projetos de pesquisa na área de nutrição e avaliação de ingredientes para frangos de corte. Defendeu a dissertação sobre a inclusão de vitamina E na nutrição de frangos de cortes em fase final sob orientação da Prof. Dra. Simone G. de Oliveira (UFPR) e coorientação do Prof. Dr. Alexandre Oba (UEL). Atualmente, doutoranda em zootecnia na área de produção e nutrição de animais não-ruminantes (PPGZ/UFPR).
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Em escala global, de acordo com o USDA (2024), os Estados Unidos lideram o ranking de produção de sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) com 8,071 milhões de toneladas, seguidos por Nigeria e Sudão.

O Brasil ocupa a sétima posição entre os maiores produtores mundiais (USDA, 2024), e na safra de 2022/23 atingiu uma produção de 4,788 milhões de toneladas (Conab, 2024), sendo os estados de Goiás, responsável por 44% da produção, Minas Gerais por 28% e São Paulo por 9%, os principais membros do “Sorghum Belt” brasileiro (Embrapa, 2022).

Conforme discutido no XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, ocorrido em 2022, a cultura do sorgo apresenta perspectivas promissoras, especialmente diante do potencial aumento nas exportações de milho para a China, o que torna o sorgo uma alternativa economicamente viável. Além disso, o sorgo apresenta um custo de produção de cerca de 20% inferior ao do milho (Fialho et al., 2002).

Originário da África, o sorgo é reconhecido por suas propriedades nutricionais, destacando-se pela sua notável adaptabilidade a condições adversas de clima e solo, maior tolerância ao estresse hídrico, alto valor energético e pela versatilidade como ingrediente em rações para animais de produção (Nunes, 2005; Carvalho, 2010).

No entanto, sua inclusão requer uma análise cuidadosa das variações em sua composição, especialmente em relação a grande quantidade taninos e fatores anti qualitativos, que podem impactar negativamente a digestibilidade e o desempenho dos animais (Selle et al., 2018).

Em termos nutricionais, conforme descrito nas Tabelas Brasileiras (2017), é recomendado que a níveis práticos se use 30% de sorgo em dietas para frangos de corte em fase inicial e poedeiras e 35% em dietas de suínos em fase de terminação.

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