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Congelamento para segurança alimentar de dietas naturais para cães e gatos

Escrito por: Ananda Portella Félix - Zootecnista, formada pela UNESP/Ilha Solteira (2008), Mestre (2009) e Doutora (2011) em Nutrição animal, pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Pós-doutorado em nutrição de animais de companhia pela University of Illinois at Urbana-Champaign. Atualmente é professora associada de nutrição animal, do Departamento de Zootecnia, da Universidade Federal do Paraná. Pesquisadora de nutrição de animais de companhia. , Daniele Cristina de Lima Escrobot - Graduação em Zootecnia, mestrado e doutorado em Ciências veterinárias e Zootecnia, respectivamente, pela Universidade Federal do Paraná. Especialista em nutrição animal com ênfase em nutrição de cães e gatos. Profissionalmente, experiência como RT em planta de fábrica de ração de alimentos extrusados para cães, gatos e peixes, além de fábrica de matérias primas para nutrição animal. Desenvolveu as atividades de formulação para as 3 espécies citadas acima. Além disso, possui experiência em gestão de projetos para novos produtos de pet food. Desenvolvimento de matérias primas e suporte a canil experimental. Além de suporte relacionado ao controle de qualidade e gestão de documentos em indústria pet. , Eduarda Lorena Fernandes - Zootecnista pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente Mestranda em Ciências Veterinárias pela mesma instituição. , Heloísa Lara Silva - Zootecnista pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente Mestranda em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná , Laiane da Silva Lima - Zootecnista pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente Mestranda em Ciências Veterinárias pela mesma instituição. , Lorenna Nicole Araújo Santos - Zootecnista pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente mestranda em ciências veterinárias, com ênfase em nutrição de cães pela mesma instituição. , Renata Bacila Morais dos Santos de Souza - Médica Veterinária, formada pela Universidade Federal do Paraná (2011). Atualmente mestranda em Ciências Veterinárias pela mesma instituição, sob orientação da profa. Dr. Ananda Portella Félix. É membro do Laboratório de estudos em nutrição de cães (LENUCAN) e membro organizadora do Grupo de Estudos em Nutrição de Cães e Gatos (GENPET) da Universidade Federal do Paraná. Trabalhou como coordenadora de projetos na empresa Organnact Saúde Animal (2012-2018).
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Congelamento para segurança alimentar de dietas comerciais fabricadas à base de ingredientes de uso humano para cães e gatos

Os animais de estimação estão mais “humanizados” e, no que diz respeito à alimentação animal, há uma replicação de tendências da alimentação humana (Viana et al., 2020).

Em razão disso, o interesse por produtos mais naturais e ingredientes alimentares de uso humano destinados a cães e gatos tem crescido substancialmente, levando a um aumento na procura por dietas conhecidas como ‘dietas naturais’.

Essa busca por novos produtos também resultou na procura por métodos de produzir e conservar esses alimentos até chegarem às prateleiras, a fim de garantir não apenas maior palatabilidade para os cães e gatos, mas também seguridade alimentar. Portanto, o investimento em tecnologias de fabricação e armazenamento desses alimentos, em conjunto com a garantia de que as instalações estejam de acordo com as boas práticas de fabricação (BPF), tornou-se essencial para atender às demandas crescentes do mercado.

Assim como na alimentação humana, os alimentos destinados aos animais também estão propensos à contaminação microbiológica, principalmente quando alimentados com dietas cruas, como a infecção por Salmonella spp. e Campylobacter spp. (Joffe e Schlesinger, 2002; Bojanić et al., 2017), além de outros gêneros de bactérias (Weese et al., 2005) e parasitos (Ahmed et al., 2021).

 

Pesquisas realizadas com dietas cruas demonstraram que apesar da maioria dos animais não apresentarem sinais clínicos, a disseminação de Salmonella spp. persiste por até uma semana no ambiente (Finley et al., 2007).

Por ser uma zoonose, essa contaminação ambiental pode ocasionar doenças tanto em animais como em humanos imunossuprimidos.

Os animais podem se contaminar ao ingerir esses potenciais patógenos no alimento. Por sua vez, seus tutores podem ser contaminados por meio do contato direto com os alimentos durante a sua manipulação, com o animal contaminado, com superfícies e utensílios domésticos usados para a preparação dos alimentos, ou até mesmo pela ingestão de alimentos com contaminação cruzada (Van Bree et al., 2018).

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