- trato respiratório
- baço
- fígado
- intestino
- cérebro
Além disso, concentração de amônia acima de 25 ppm reduz o ganho de peso, o consumo de ração e as taxas de conversão alimentar em frangos de corte, patos e suínos. Por exemplo, em um estudo, seis suínos foram expostos à amônia (88,2 – 90,4 mg m-3) por 30 dias (8 h/dia); os resultados mostraram que a amônia pode causar alterações nos marcadores inflamatórios e na diversidade da microflora intestinal em suínos de engorda.
Após a exposição dos frangos à amônia, existem várias rotas possíveis de interações entre a amônia e a microflora intestinal que podem alterar a composição bacteriana intestinal. Essa exposição ocorre, por exemplo, quando o trato gastrointestinal recebe partículas como a PM 2,5, cuja amônia desempenha um papel significativo na formação, por inalação e ingestão. Além disso, a amônia entra no sistema circulatório via trato respiratório, o que acaba alterando o ambiente luminal, bem como a composição bacteriana do intestino.
Com o objetivo de investigar a influência da amônia na microflora intestinal de frangos e se essa influência é relacionada ao desempenho zootécnico, pesquisadores do Institute of Animal Sciences da Chinese Academy of Agricultural Sciences realizaram um experimento que teve seus resultados publicados recentemente na revista científica Animals. Os principais destaques do estudo estão descritos abaixo.
O estudo foi conduzido com 288 frangos de corte até 21 dias de idade. Os frangos foram divididos em 4 grupos, alojados em câmaras climáticas, cada grupo foi submetido a um tratamento distinto, sendo eles:
- 0 ± 3 ppm de NH3
- 15 ± 3 ppm de NH3
- 25 ± 3 ppm de NH3
- 35 ± 3 ppm de NH3
Desempenho zootécnico |
Foi observado que, para todos os parâmetros mensurados os frangos submetidos a 35 ± 3 ppm de NH3 tiveram os piores resultados, com diferenças estatisticamente significativas em relação aos demais grupos. Esses frangos demostraram em menor consumo de ração, maior conversão alimentar, menor ganho de peso e peso corporal, em todos os períodos avaliados, 0-7, 0-14, 0-21 dias.
A única exceção foi observada para consumo de ração de 0 a 7 dias, em que não foram observadas diferença estatística entre os grupos, apenas diferença numérica.
Além disso, no experimento, foi observado uma redução no desempenho de crescimento no grupo de amônia 25 ppm além do grupo de 35 ppm, como anteriormente relatado.
Efeitos da amônia na microflora intestinal |
A exposição à amônia mudou a diversidade beta, mas não mudou a diversidade alfa da microbiota, indicando que a amônia altera a composição das espécies, mas dificilmente influencia a riqueza e uniformidade das espécies. Os resultados do estudo mostraram que Firmicutes, Bacteroidetes e Proteobacteria foram os filos mais dominantes no ceco de frangos de corte entre os dois grupos, o que foi consistente com estudos anteriores.
Em outros experimento foi relatado que a altura das vilosidades e a profundidade da cripta no intestino delgado eram muito menores em frangos de corte após exposição a 75 ppm de amônia. Danos na estrutura intestinal causados pela amônia possivelmente promovem a proliferação de Escherichia-Shigella.
Os autores concluíram que a exposição à amônia causou alterações na estrutura da microflora cecal. No nível de gênero, descobriram que várias espécies foram positivamente ou negativamente correlacionadas com o desempenho de crescimento. |
Enzimas exógenas: uma ferramenta na manutenção da saúde intestinal de frangos de corte
As informações desse texto foram retiradas do artigo intitulado “Effects of Ammonia on Gut Microbiota and Growth Performance of Broiler Chickens“, de autoria de: