As micotoxinas são metabolitos secundários produzidos por fungos submetidos a condições ambientais e de manejo estressantes, como temperaturas extremas, seca, inundações e técnicas de colheita. Um fungo pode produzir vários tipos de micotoxinas distintos, e uma micotoxina pode ser produzida por diferentes tipos de fungos. A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente um quarto das reservas de alimento do mundo estão contaminadas com ao menos um tipo de micotoxina.
Se conhecem mais de 300 micotoxinas, mas só umas poucas são relevantes na indústria alimentar. Destas micotoxinas principais incluem a Aflatoxina (AF), Deoxinivalenol (DON), Fumonisina (FUM), Ocratoxina (OTA) e Zearalenona (ZEA) (Huwig et al., 2001; Richard, 2007; Marasas et al., 2008). O uso de adsorventes de micotoxinas nos alimentos destinados à alimentação de animais se transformou em uma necessidade para combater as micotoxinas. Neste caso, nos centralizamos na eficácia dos adsorventes de micotoxinas na redução dos efeitos prejudiciais das ocratoxinas em galinhas de postura
MINAZEL PLUS é o resultado da modificação orgânica da superfície da clinoptilolita (OMC – organic modification of clinoptilolite ou Clinoptilolita Modificada Organicamente) conhecida por sua capacidade para adsorver micotoxinas polares e apolares. Graças à fixação a cátions de cadeia longa na superfície do mineral, se encontram disponíveis novos lugares ativos para a adsorção de micotoxinas menos polares. Depois da adsorção à OMC, as micotoxinas não são liberadas ao longo do trato intestinal. A análise realizada pelo nosso laboratório empregando LC-MS/MS revelou que a OMC pode adsorver todas as micotoxinas principais em mais de 80% com uma taxa de dessorção muita baixa. A OMC pode adsorver até 100% de AFB1, 88% da Zearalenona, 91% da Ocratoxina A e 98% de FB1 em ensaios in vitro. A taxa de dessorção de 0% para AFB1, 2,3% para Zearalenona, 1,0% para Ocratoxina A e 3,9% para FB1
Estudo
O objetivo deste estudo in vivo foi determinar a eficácia do adsorvente de micotoxinas OMC na prevenção dos efeitos prejudiciais da Ocratoxina A (OTA) em galinhas de postura. 48 galinhas de postura de 27 semanas de idade foram empregadas neste estudo, formando 6 grupos alimentadas sob as seguintes condições durante 7 semanas:
- Grupo E-I: 1 mg/Kg OTA
- Grupo E-II: 0,25 mg/Kg OTA
- Grupo E-III: 0,25 mg/Kg OTA + 0,2% OMC
- Grupo IV: 1 mg/Kg OTA + 0,2% OMC Grupo V (OMC): 0,2% OMC
- Grupo control (C): galinhas alimentadas unicamente com a dieta padronizada, sem outros compostos acrescentados
No transcurso do estudo, se monitorou a influência de OTA sobre os parâmetros de produção (peso corporal, consumo de alimento, número e massa de ovo). As galinhas de postura que receberam alimento contaminado com OTA e suplementado com 0,2% OMC alcançaram melhores resultados produtivos em comparação com os resultados obtidos pelas galinhas que receberam alimento contaminado com OTA sem o adsorvente. Curiosamente, a suplementação com OMC na dieta padronizada, por si só, resultou em um maior peso corporal, maior número de ovos e uma melhora na conversão alimentar em comparação com o grupo controle (galinhas alimentadas com uma dieta padronizada e sem compostos acrescentados).
Durante o estudo, a partir da segunda semana o peso corporal das galinhas foi significativamente menor no grupo E-I em comparação com todos os demais grupos experimentais e o grupo controle.
Além disso, as galinhas que receberam unicamente OMC na dieta comercial tiveram um peso corporal significativamente maior que as galinhas dos grupos E-I, E-II e E-III (Tabela 1). Estes resultados são consistentes com os dados de Duarte et al. (2011) e Denli et al. (2008).
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