A Embrapa Soja e a Fundação Meridional lançaram quatro cultivares de soja convencional (BRS 523, BRS 537, BRS 539 e a BRS 573) e uma cultivar transgênica com tolerância ao glifosato e controle de algumas espécies de lagartas (BRS 1054 IPRO), durante o Dia de Campo on-line da Embrapa Soja.
De acordo com Ralf Udo Dengler, gerente executivo da Fundação Meridional, os lançamentos completam uma série de inovações tecnológicas da Embrapa. “Tanta inovação só é possível, devido à expertise da equipe técnica e à variabilidade genética do Banco Ativo de Germoplasma, localizado na sede da Embrapa Soja, em Londrina”, afirma Dengler.
“Há 21 anos, temos muito orgulho de sermos parceiros fortes e atuantes neste trabalho, que oferece aos produtores um portfólio completo de cultivares em todas as plataformas (convencional, RR e Intacta), com elevado rendimento (conceito TOP 5000), sanidade, estabilidade e adaptação às mais diferentes condições de solo e clima”, diz Dengler. A Fundação Meridional atua em sete Estados brasileiros (SC, PR, SP, MS, MG, GO e MT), por intermédio de 38 produtores de sementes.
Confira abaixo os novos cultivares:
Este lançamento pertence ao grupo de maturidade 5.8, sendo assim uma opção para os produtores que precisam de uma cultivar precoce em seu sistema de produção. É indicada para o Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Com relação à reação a doenças, é resistente ao cancro da haste, à podridão radicular de Phytophthora e ao mosaico comum da soja e moderadamente resistente à mancha “olho-de-rã” e ao Oídio.
BRS 537 – A BRS 537, cultivar de soja convencional, que se sobressai pela sua elevada capacidade de produção, associada à manutenção da estabilidade de produção. Por pertencer ao grupo de maturidade 6.0 é uma cultivar precoce, o que permite semeadura antecipada da soja. “Esta característica é bastante desejável pelos produtores por viabilizar a semeadura do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul)”, destaca Petek.
De acordo com o pesquisador, outro ponto forte deste lançamento é a excelente sanidade. É resistente ao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã”, ao oídio, à podridão radicular de Phytophthora, ao mosaico comum da soja e moderadamente resistente à podridão parda da haste.
BRS 539 – Outro lançamento nesta safra é a BRS 539, cultivar convencional, que possui resistência à ferrugem asiática e tolerância ao percevejo. “É importante destacar que esta cultivar é do
Esta cultivar pertence ao grupo de maturidade 6.1, classificada como precoce e permite semeadura antecipada, viabilizando a semeadura do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar na macrorregião sojícola 2 ( Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e viabiliza a sucessão/rotação de culturas na macrorregião 1 (Paraná, Santa Catarina e São Paulo).
Além de ser resistente à ferrugem, é resistente às seguintes doenças: cancro da haste, mancha “olho-de-rã”, podridão parda da haste, podridão radicular de Phytophthora e moderadamente resistente ao oídio e ao Nematoide de galha (Meloidogyne javanica).
Além disso, a cultivar permite semeadura antecipada, possibilitando ótimo encaixe com o sistema de milho safrinha. A cultivar apresenta excelente sanidade, sendo resistente ao cancro da haste e podridão radicular de Phytophthora e moderadamente resistente à mancha olho de rã, oídio, podridão parda da haste.
BRS 1054 IPRO – Com relação à BRS 1054 IPRO, ela apresenta características genéticas para tolerância ao glifosato e controle de algumas espécies de lagartas, é ainda altamente
produtiva comparada com as outras opções de mercado em altitudes acima de 700 m. “Eu destacaria ainda duas características: a estabilidade de produção com precocidade (grupo de maturidade 5.4) além de permitir o plantio antecipado, mantendo o potencial produtivo e maximizando o sistema de sucessão/rotação de culturas”, bem como facilita o manejo da ferrugem da soja, enfatiza Petek.
A BRS 1054IPRO é indicada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com relação à sanidade, apresenta resistência ao cancro da haste, à mancha “olho-de-rã”, à podridão radicular de Phytophthora e ao mosaico comum da soja e é moderadamente resistente ao oídio e à podridão parda da haste.