Embrapa lança Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE) para Aquicultura, que combina software, hardware e brainware que impactará toda atividade no meio rural: os quadros natural, agrário, agrícola, de infraestrutura e socioeconômico.
“Antes de existir o Geoweb SITE Aquicultura, tínhamos muita dificuldade para obter e tratar sistematicamente informações estratégicas. Lembro que na época em que fiz o mestrado, encontrei uma dificuldade enorme na reunião de dados essenciais para a pesquisa acadêmica. Pouco tempo depois, fiz um curso de aperfeiçoamento técnico pelo Senar em parceria com a Embrapa, em que tive a oportunidade de conhecer a ferramenta, o que me oportunizou melhorar consideravelmente minha atuação técnica. Sempre quando busco uma informação, consigo encontrar o que preciso”, continua.
Antonio tem atuação na região Nordeste do Pará, onde está ligado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Além da aquicultura, trabalha com agricultura e é professor. “As principais ferramentas que eu costumo utilizar são os planos de informação, especificamente aqueles relacionados à estrutura da cadeia produtiva para fins de consultoria e a parte de regionalização, bioma e divisão político administrativa, como recurso para embasamento em estudos, planos estratégicos e informações para trabalhos técnicos relacionados ao licenciamento ambiental da atividade”, detalha.
Primeiro SITE sobre cadeia produtiva
O SITE Aquicultura é coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura (de Palmas, TO). Quem está à frente dos trabalhos é a geógrafa Marta Ummus, para quem “um dos principais objetivos do Geoweb é o de disponibilizar informações espaciais organizadas por temas relevantes sobre a aquicultura no bioma Amazônia”. Ela contextualiza: “normalmente, os dados sobre aquicultura encontram-se em fontes difusas e são levantados por diferentes métodos, inviabilizando dessa maneira análises sistemáticas em diferentes escalas (locais, regionais e nacionais) e correlações espaciais”.
E explica que “ao organizar e georreferenciar essas informações, são oferecidas novas possibilidades de análise que incluem as características regionais físicas, ambientais, sociais, econômicas e de infraestrutura, bem como a influência dessas variáveis para o desenvolvimento da atividade aquícola em determinados lugares em detrimento de outros. Por meio das análises espaciais, é possível chegar também ao estabelecimento de zonas ou regiões aptas ou não aptas para a atividade aquícola”.
Relações de proteína: energia para juvenis de jundiá (Rhamdia quelen): desempenho, excreção de amônia e custo
Fonte: Clenio Araujo – Embrapa Pesca e Aquicultura & Vivian Chies – Embrapa Territorial