A estiagem nas últimas semanas impactou o desenvolvimento das lavouras de soja em Mato Grosso do Sul.
Segundo a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS), cerca de 26% das lavouras se encontram em estado ruim, o percentual supera 970 mil hectares. O diagnóstico do atual estado das lavouras, fez com que a Associação revisasse, para baixo, a estimativa de produtividade para a safra 2021/22, passando de 56,38 sacas por hectare, para 53,69 sacas por hectare.
A nova estimativa de produtividade representa uma retração de 14,56% em relação a safra passada, quando os produtores colheram 62,84 sacas por hectare.
O projeto SIGA (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), administrado pela Semagro e Aprosoja/MS, começou o ano com recorde de visitas em propriedades rurais, a fim de levantar os efeitos da estiagem.
O material técnico de avaliação das lavouras já está nas mãos da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina; do governador de MS, Reinaldo Azambuja; e do secretário (Semagro) Jaime Verruck, para que possam estudar os detalhes de cada região. O estudo também foi dividido com entidades financeiras, que poderão, juntas, tentar minimizar os problemas, criando uma ação conjunta.
Além dos 26% das lavouras sul-mato-grossenses em estado ruim, a Aprosoja/MS constatou que 23% estão em estado regular e 51% em bom estado. O cenário também baixou a estimativa de produção, passando de 12.773 milhões de toneladas para 12.164 milhões, uma redução de 8,58% em relação ao ciclo anterior, quando MS colheu 13.306 milhões de toneladas.
Ainda segundo o presidente, houve pouco replantio nesta safra, devido ao volume considerável de chuvas nos meses de setembro e primeiros 10 dias de outubro, que animaram o agricultor na fase de plantio.
Fonte: Assessoria de Imprensa Aprosoja/MS