A Copa do Mundo do Catar impulsionou a venda de carnes para os países do Golfo Pérsico, segundo dados divulgados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O levantamento mostra que as exportações brasileiras de carne bovina para Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Kuwait e Omã avançaram 30,87%, somando US$ 459,53 milhões.
Muitos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), bloco integrado pelos seis países citados acima, hospedaram turistas para o mundial. Nas exportações de carne de frango, o Catar, sede dos jogos, registrou o maior crescimento: de 66,7%, para US$ 177,98 milhões.
Nas carnes bovinas, o Catar registrou o segundo maior crescimento em compras, atrás do Kuwait. As exportações de derivados bovinos ao país avançaram 91,27%, para US$ 31,45 milhões. Nos meses de julho, agosto e setembro, os embarques aumentaram para reforçar os estoques. A média mensal foi de 528,90 toneladas, frente a 478,22 toneladas vendidas nos seis primeiros meses do ano.
Em material divulgado, o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour, disse que a Copa do Mundo, o Mundial de Clubes nos Emirados Árabes, as provas da Fórmula 1 na região e a retomada da peregrinação às cidades sagradas da Arábia Saudita tiveram papel importante nas vendas de proteínas brasileiras.
Segundo ele, esses eventos vêm atraindo um volume expressivo de turistas a todos os países do Golfo, movimentando a rede hoteleira e a venda de alimentos. “Em todos os países vendeu-se mais carnes brasileiras. Em quase todos houve aumento nos volumes, a despeito dos esforços árabes para ampliar a produção local de proteínas”, falou Mansour.
Ainda de acordo com a Câmara Árabe, as exportações gerais do Brasil para os 22 países da Liga Árabe totalizaram US$ 14,47 bilhões nos dez primeiros meses do ano, com alta de 25,71% sobre o mesmo período de 2021, com frango, açúcar, minério de ferro, milho, soja, carne bovina e trigo respondendo pelos maiores valores. “Devemos ter um novo recorde de exportações em 2022”, prevê Mansour.
Por: ANBA