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Farelo de trigo fino como fonte de betaína para aves e suínos

Escrito por: Alessandra Monteiro -
ANIMINE · R&D department
Ph.D in Animal Sciences
, Alexandre Kessler - Doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil(1992) Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul , Brasil

A betaína é um aditivo nutricional frequentemente usado na nutrição de aves e suínos devido as suas propriedades osmoprotetoras, além de ser considerada fonte doadora de grupos metil, aumentando a disponibilidade de metionina para a síntese de proteína.
Pesquisas em nutrição humana mostraram que a betaína pode ser encontrada naturalmente em ingredientes derivados do trigo, o que levanta a questão dos subprodutos de trigo poderem ser uma fonte de betaína. 

BETAÍNA NA NUTRIÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Os efeitos do uso de betaína na nutrição de aves e suínos têm sido apresentados desde os meados dos anos quarenta. Um dos interesses na sua utilização tem sido em função que esta apresenta-se como um substituto da metionina sintética nas dietas.

A betaína na dieta pode ser utilizada diretamente como doadora de grupo metil (Figura 1), sendo a única fonte doadora de grupos metila prontamente ativa.
Ao contrário, a colina precisa ser convertida em betaína em uma reação de duas etapas enzimáticas, ocorrendo principalmente nas mitocôndrias de células hepáticas. A metionina precisa ser ativada através da síntese de S-adenosilmetionina.

A betaína está disponível como um aditivo nutricional na forma purificada, e as formas mais populares utilizadas na alimentação são:
betaína anidra
betaína monofosfato
cloridrato de betaína

O cloridrato de betaína apresenta menor solubilidade em água, quando comparada com a betaína anidra e a monoidratada, isto acarreta em sua menor capacidade osmótica. Por outro lado, o cloridrato auxilia no declínio do pH no estômago, assim, potencialmente melhora a digestibilidade de nutrientes em comparação às outras formas.

As formas purificadas comercialmente encontradas geralmente se originam a partir da extração de solúveis de melaço de beterraba. A utilização deste subproduto também é sugerida como uma fonte dietética de betaína.

Atualmente, devido às pesquisas voltadas para nutrição humana, vários trabalhos têm sido desenvolvidos com o intuito de avaliar a quantidade de betaína presente em alguns alimentos, todas sempre mostrando valores relativamente altos para os subprodutos do beneficiamento do grão de trigo.
Como o processamento do grão do trigo é feito por diversas moagens diferentes subprodutos são gerados, com variados valores nutricionais e concentrações de betaína (Tabela 1).

Estudos anteriores realizados na UFRGS indicaram o uso da farinheta e do farelo fino para rações de monogástricos por possuírem em sua composição maior teor de amido e reduzido teor de fibra.

FARELO DE TRIGO FINO COMO FONTE DE BETAÍNA PARA AVES E SUÍNOS
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