Fatores levam a aumento no preço do leite pago ao produtor
No pagamento realizado em junho, que remunera a produção entregue em maio, o preço do leite pago ao produtor teve novo aumento significativo no comparativo mensal. São quatro meses consecutivos de altas nos preços do leite.
A queda na captação de leite registrada em alguns estados, custos de produção pesando no bolso do produtor associado a alta concorrência pela matéria-prima entre as indústrias resultam no quadro de alta dos preços visto atualmente.
Considerando a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta foi de 7,2% na comparação mensal. Na comparação anual a referência está 17,7% maior este ano.
Veja na figura 1, a evolução do preço do leite ao produtor.
Figura 1.
Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor – em R$ por litro, sem o frete, valores nominais.
Fonte: Scot Consultoria
Para o pagamento a ser realizado em julho de 2022, referente à produção entregue em junho de 2022, seguiremos com a tendência de alta nos preços do leite pago ao produtor, com 70% dos laticínios pesquisados apontando para a alta e 30% estimando estabilidade.
A estação seca no Brasil Central segue prejudicando a qualidade das pastagens, além de locais que tiveram sua qualidade de silagem também prejudicada na safra de inverno.
Além do mais, os custos altos dos insumos no mercado seguem desestimulando a oferta de concentrados aos animais.
Em maio de 2022, o volume de leite captado (média nacional) caiu 0,5% em relação ao mês de abril, com os custos de produção aumentando, pastagens de baixa qualidade nutricional e quantidade suficiente para os animais no Brasil Central e alguns locais relataram chuvas intensas dificultando captação.
No comparativo com o mês de maio de 2021, o indicador está maior em 4,4%.
Por Scot Consultoria