Filipinas devem se consolidar como maior importadora de carne suína do Brasil em 2025
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) projeta um cenário otimista para o setor de carnes em 2024 e 2025, com crescimentos expressivos nas exportações e na produção, destacando-se as Filipinas como o novo líder na importação de carne suína brasileira.
- Em entrevista à AgriNews TV Brasil, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, compartilhou dados reveladores que mostram o fortalecimento da posição do Brasil no mercado global, especialmente na Ásia.
Aves e Suinos
A ABPA prevê um crescimento contínuo para 2024, com a produção de carne suína ultrapassando 5 milhões de toneladas, e a exportação, com alta de 10% até o mês de dezembro.
No setor de aves, as previsões iniciais de crescimento de 2% já foram superadas, como a diminuição da concorrência gerada pela influenza aviária em outras partes do mundo. A exportação de ovos também segue positiva, refletindo o momento favorável das proteínas brasileiras no exterior.
Filipinas
Santin destacou que a grande novidade para 2025 será a consolidação das Filipinas como o principal destino da carne suína brasileira. Tradicionalmente, a China dominava as importações desse produto, mas as Filipinas agora lideram esse mercado.
O presidente da ABPA explicou que a liberação de pré-listing para várias empresas brasileiras possibilitou o acesso mais amplo ao mercado filipino, o que deve ampliar ainda mais as exportações para o país asiático.
Desafios internos
Além das Filipinas, o Brasil também tem fortalecido suas relações comerciais com países como Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e África do Sul, que estão entre os principais importadores de carne de frango brasileira.
No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios, como o embargo de alguns mercados, incluindo o Chile e a China, devido a questões sanitárias pontuais, especialmente no Rio Grande do Sul. Santin destacou a transparência e o trabalho da ABPA junto aos órgãos internacionais para resolver essas questões e reverter os embargos.
Imagem da proteína brasileira
Ricardo Santin também abordou o tema da sustentabilidade, defendendo que o Brasil é um dos países mais sustentáveis do mundo, destacando dados como o uso de menos de 8% do território nacional para a agricultura. Ele criticou as recentes declarações do Carrefour sobre a não conformidade da carne brasileira com normas europeias, enfatizando a alta qualidade e a certificação das carnes brasileiras, que são reconhecidas por mais de 150 países.
Com perspectivas positivas para o futuro e a ABPA ativamente promovendo o agronegócio brasileiro em feiras e missões internacionais, o setor de proteínas continua sua trajetória de crescimento e expansão, destacando-se cada vez mais no mercado global.
Redação agriNews Brasil