Em fev.22, a utilização da capacidade de abate dos frigoríficos de bovinos em Mato Grosso recuou 8,44 p.p. em relação ao mês anterior, em que o estado utilizou ao todo 69,28% da sua capacidade real de abate, segundo o Imea.
A queda na utilização frigorífica esteve atrelada ao recuo da oferta de animais no estado, dado que o período de chuvas favorece a maior retenção dos animais no pasto.
Para se ter ideia, em fev.22, foram abatidas 342,60 mil cabeças de gado no estado, o que significou um decréscimo de 18,18% em relação ao mês de jan.22.
RECUOU: diante do recuo na demanda interna, o preço da arroba do boi gordo caiu 0,76% ante a semana passada, cotado na média de R$ 308,79/@.
MAIOR OFERTA: com a maior oferta de fêmeas no mercado, o preço da vaca gorda apresentou desvalorização de 0,30% ante a semana passada, ficando cotada a R$ 294,38/@.
AFASTOU: devido à queda no preço da arroba mato-grossense, o diferencial de base MT–SP se alargou, com decréscimo de 1,26 p.p. ante a semana passada, com valor de -12,57%.
Em Mato Grosso, a alta no preço do boi gordo impulsionou o indicador do ágio boi/bezerro. Em mar.22, o ágio boi/bezerro apresentou um incremento de 0,17 p.p. ante o observado durante o mês de fev.22, sendo fixado em 10,02%.
Esse cenário está pautado na valorização da arroba bovina no estado e na queda nos preços dos bezerros de ano, o que favoreceu o ágio para o animal terminado em mar.22. Nesse sentido, a conjuntura atual retrata
um início na inversão do ciclo pecuário, visto que a maior retenção de fêmeas que tem acontecido desde 2020 está acarretando uma maior oferta de animais jovens no período de 2022.
Diante disso, os invernistas matogrossenses tendem a ter um período vantajoso para adquirir animais por preços menores, enquanto os pecuaristas dos sistemas de cria ou recria, terão de diluir os custos de modo a atenuar a queda dos preços dos animais jovens nos próximos meses.
Fonte: IMEA