O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. Em relação a 2020, houve acréscimos de 6,2% na área do milho (aumentos de 2,7% na primeira safra e de 7,5% na segunda) e de 4,1% na da soja. Porém, houve declínios de 16,0% na área do algodão herbáceo e de 0,1% na do arroz.
As regiões Sul (10,8%), Sudeste (6,0%), Nordeste (5,3%) e Norte (1,4%) tiveram altas em suas estimativas. A primeira deve produzir 81,0 milhões de toneladas (30,8% do total nacional); a segunda, 27,3 milhões de toneladas (10,4% do total); a terceira, 23,8 milhões de toneladas (9,1% do total) e a quarta, 11,1 milhões de toneladas (4,2%). Por outro lado, o Centro-Oeste, que é o maior produtor (45,5% da produção do país), teve redução de 1,8% em sua estimativa, devendo totalizar uma colheita de 119,5 milhões de toneladas.
Já as estimativas de queda ocorreram no Paraná (-2,0 milhões de toneladas), no Mato Grosso (-1,2 milhão de toneladas), em Goiás (-177,4 mil toneladas) no Maranhão (-125,1 mil toneladas), em Sergipe (-23,4 mil toneladas), em Pernambuco (-17,8 mil toneladas) e na Paraíba (-8,8 mil toneladas).
Destaques na estimativa de maio de 2021 em relação à de abril
Em maio, IBGE prevê safra com destaque para as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação a abril: trigo (7,2% ou 527,2 mil toneladas), castanha-de-caju (7,2% ou 8,3 mil toneladas), café arábica (6,0% ou 114,0 mil toneladas), aveia (4,0% ou 39,2 mil toneladas), feijão 3ª safra (2,7% ou 15,5 mil toneladas), arroz (2,4% ou 270,0 mil toneladas), cevada (1,9% ou 8,2 mil toneladas), café canephora (0,9% ou 7,9 mil toneladas), soja (0,7% ou 982,5 mil toneladas) e milho 1ª safra (0,3% ou 73,0 mil toneladas).
Por outro lado, são esperados declínios na produção do feijão 2ª safra (-7,2% ou 80,3 mil toneladas), do milho 2ª safra (-4,4% ou 3,4 milhões de toneladas), do algodão (-3,4% ou 202,4 mil toneladas), do cacau (-1,5% ou 4,0 mil toneladas) e do feijão 1ª safra (-0,3% ou 4,0 mil toneladas).
Em Mato Grosso, maior produtor do país (67,9% do total), a estimativa de produção é de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% menor que a última estimativa. A área plantada também sofreu redução de 5,7%, enquanto que a estimativa para o rendimento médio subiu 0,6%. A Bahia, segundo maior produtor do país (21,6% do total), estimou produzir 1,2 milhão de toneladas, aumento de 2,5% frente à estimativa de abril.
No Rio Grande do Sul, responsável por 70,2% da produção nacional, a estimativa mensal foi reavaliada com um acréscimo de 3,4% na produção.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada.
Já a estimativa da produção da aveia foi de 1,0 milhão de toneladas, crescimento de 4,0% em relação ao ano anterior. Enquanto que, para a cevada, a produção estimada encontra-se em 440,0 mil toneladas, aumento de 1,9% em relação ao mês anterior, e crescimento de 16,1% em relação ao ano anterior.
Na 1ª safra de milho, a produção estimada foi de 25,8 milhões de toneladas, crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior. Houve aumento nas estimativas de produção, principalmente, em Minas Gerais (1,8%), Ceará (6,0%) e Bahia (2,7%), e declínios em Pernambuco (-21,0%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). Quanto à variação anual, a estimativa da produção encontra-se 2,8% menor que em 2020.
Para a 2ª safra, a estimativa da produção foi de 73,3 milhões de toneladas, declínio de 4,4% em relação ao mês anterior. Paraná (-15,8%), Mato Grosso (-3,5%), Goiás (-1,8%) e Maranhão (-11,9%) tiveram as principais quedas. Já a Bahia (12,7%) se destacou com alta. Em relação ao ano anterior, a estimativa para a segunda safra encontra-se 4,3% menor.
Com a colheita concluída na maioria das unidades da federação, a cultura se desenvolveu de maneira satisfatória, apesar do atraso na época do plantio. As maiores reavaliações em maio foram realizadas no Rio Grande do Sul (3,1%), Bahia (3,9%) e Ceará (88,2%). Vale ressaltar, que o Rio Grande do Sul recupera sua produção que foi muita afetada pela estiagem em 2020, resultando em um crescimento de quase 80,0%, em termos anuais, e atingindo um recorde de 20,3 milhões de toneladas. O estado torna-se o segundo maior produtor nacional de soja, ultrapassando o Paraná onde a cultura foi afetada pela estiagem que reduziu sua produção em 4,7% frente a 2020.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística | IBGE