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Impacto da fonte mineral no rendimento produtivo e digestibilidade do zinco, manganês, cobre e ferro em frangos de corte

OBJETIVO
 

A melhoria contínua do desempenho da produção animal, por um lado, e as preocupações ambientais, por outro, têm aumentado a necessidade de utilizar fontes mais eficientes de micro minerais.
Foi demonstrado que os minerais ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e cobre (Cu) podem ser absorvidos em maior quantidade quando utilizados na forma orgânica do que na forma inorgânica.
No entanto, a maioria dos estudos de biodisponibilidade tem sido realizada em leitões, com poucos dados disponíveis sobre frangos.
 

MATERIAIS E MÉTODOS
 

ANIMAIS:
72 pintos de um dia de idade macho (Cobb 500)
ALOJAMENTO:
Centro Experimental da Universidade Livre de Berlim 1 – 14 dias de idade: canetas de chão com cama de madeira raspada. 15 – 28 dias de idade: gaiolas metabólicas em aço inoxidável. Três animais por gaiola, 8 gaiolas por tratamento.
DESENHO EXPERIMENTAL:
1 – 14 dias de idade: ração de esgotamento com apenas o conteúdo nativo de micro minerais . 15 – 28 dias de idade: rações repletas de minerais traços de acordo com recomendações oficiais (NRC, 1994); para a estimativa da contribuição mineral nativa um tratamento não foi suplementado com nenhum micro mineral (ração basal). Medição da digestibilidade total aparente pelo método do marcador TiO2 e coleta de amostras fecais, agrupadas por gaiola, nos 27 e 28 dias de idade.
TRATAMENTOS DURANTE O PERÍODO DE REPLEÇÃO: Basal: sem micro minerais adicionais suplementados, apenas o conteúdo nativo (46 ppm Fe, 16 ppm Mn, 16 ppm Zn, 5 ppm Cu) Sul: Basal + combinação de Zn, Mn, Cu e sulfatos de Fe (34 ppm Fe, 44 ppm Mn, 24 ppm Zn e 3 ppm Cu) Glicerina: Basal + combinação de quelatos glicina de Zn, Mn, Cu e Fe (34 ppm Fe, 44 ppm Mn, 24 ppm Zn e 3 ppm Cu)

RESULTADOS
 

O peso vivo no início do período de repleção foi semelhante entre os tratamentos, 381,1±20,2 g em média.
Ao final do teste, apenas pequenas diferenças numéricas de peso vivo foram detectadas (Sul=1501±33 g; Gly=1523±28 g; P=0,17).

A suplementação com quelatos de glicina aumentou o ganho de peso em 1,9% (P=0,24) em relação ao tratamento com sulfatos (Figura 1 A) e melhorou a taxa de conversão em 2,4% (Figura 1 B).

Quanto à digestibilidade aparente dos minerais traços, corrigida pela contribuição dos minerais nativos na ração (Figura 2), os minerais orgânicos tiveram uma absorção maior que os inorgânicos, sendo significativa para Zn, Mn e Cu (P<0,05), e numericamente para Fe (P=0,12).

CONCLUSÃO
 

Este estudo mostrou que a suplementação com quelatos de glicina tem maiores benefícios do que o uso de sais inorgânicos, como refletido na melhoria numérica dos rendimentos produtivos e nas diferenças significativas na digestibilidade dos minerais em frangos de corte.
Graças à sua melhor absorção no intestino, os minerais orgânicos permitem o uso de doses menores na ração sem prejudicar a produtividade, mas reduzindo a excreção para o meio ambiente.
 

Autores:

Dr. Bastian Hildebrand, Gerente Técnico, Biochem Zusatzstoffe GmbH, Alemanha
Annika Mählmeyer, gerente de P & D, Biochem Zusatzstoffe GmbH, Alemanha
Rubén Crespo Sancho, Gerente Técnico de Vendas Espanha, Biochem Zusatzstoffe GmbH, Alemanha
 
 

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