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Levedura probiótica: Solução em porcas hiperprolíferas; melhora de peso

A suinocultura procura sempre alternativas sustentáveis, e econômicas para responder aos crescentes desafios de aumento da demanda por produtos de alta qualidade sanitária e nutricional. E, devido ao aumento da resistência bacteriana, medidas para promover a utilização responsável e racional de antibióticos nas granjas tornam-se obrigatórias.

DA LACTAÇÃO AO DESMAME. UMA CORRIDA DE OBSTÁCULOS PARA LEITÕES
A utilização de porcas hiperprolíferas está acarretando em leitões desmamados menores e portanto mais frágeis:
O peso da leitegada ao desmame tem sido menor;
A imunidade mais baixa acarreta no aumento da mortalidade de leitões lactentes;
os leitões acabam sendo mais prejudicados

O estresse enfrentado pelos leitões causa mudanças fisiológicas que podem ter consequências econômicas consideráveis (Campell et al., 2013, Heo et al., 2013):

Distúrbios digestivos de intensidade e duração variáveis;
Redução do consumo alimentar durante 2 a 3 dias (Brooks et al., 2001, Bruinininx et al., 2002);
Alterações da mucosa instestinal (Marion et al., 2002) e
menor motilidade intestinal (Lallès et al., 2004).

Assim, o cuidado precoce com os leitões torna-se cada vez mais importante:
incentivar o desenvolvimento do sistema imune em uma fase precoce através de um colostro de qualidade, incentivar o consumo de alimentos o mais rápido e eficazmente possível e o apoio à saúde dos leitões através da alimentação das porcas é essencial.

Entre as estratégias possíveis, os probióticos são utilizados para promover a saúde e o desempenho dos animais (Kenny et al., 2011, Cheng et al., 2014).

As leveduras têm sido amplamente utilizadas para melhorar a saúde intestinal na suinocultura.

Na demonstração do efeito positivo da levedura probiótica Saccharomyces cerevisiae na saúde e no desempenho das porcas ligados à melhoria da imunidade e da microbiota em leitões com foco em imunidade, inflamações e desafios com E. coli. (Jang et al., 2013; Jurgen et al., 1997; Zanello et al., 2011), (Lizardo et al., 2008, Trockova et al., 2014, Posadas et al., 2017, Zanello et al., 2013, Trevisi et al., 2015).
Para validar a eficácia e os benefícios de complementar as dietas das porcas gestantes e lactantes com leveduras probióticas Actisaf® Sc47 foi realizado um teste de campo em uma granja comercial na Espanha mensurando a eficácia da performance zootécnica em porcas e leitões lactentes.
FOCO NA ALIMENTAÇÃO DE MATRIZES PARA OTIMIZAR O POTENCIAL GENÉTICO
Uma granja comercial na Espanha (1.700 porcas- 82 porcas por semana), utilizando a linha genética Danbred e Duroc Topigs que tem como performace zootécnica perto de 36,7 desmamados/porca/ano, decidiu montar um experimento para enfrentar seus maiores desafios durante o período de lactação. Especialmente o controle de mortalidade e a possível perda de peso ao desmame. Dois tratamentos foram desenhados.
Para evitar o efeito de parição, as porcas foram separadas em dois grupos similares (Controle vs. Tratado), contendo porcas multíparas (de 2 a 6 ciclos) por ciclo de parto semelhante.
Cada grupo (40 porcas em média – Quadro 1) recebeu uma dieta de gestação e lactação utilizadas pela granja. Além disso, apenas as porcas no grupo tratado receberam o equivalente a 1kg/ton de Actisaf® na ração das últimas 4 semanas de gestação e de toda a lactação (Quadro 1).

Tabela 1. Composição dos grupos experimentais

Para seguir o programa convencional da granja, todos os leitões foram suplementados com sucedâneo lácteo contendo outro probiótico a base de bactérias durante todo o período de lactação. O aleitamento cruzado – equivalente a 16 leitões por porca- foi feito após a ingestão de colostro e dentro do mesmo grupo.
Durante o estudo, foram registrados os seguintes dados para a análise estatística:
Peso da leitegada ao nascer e ao desmame, mortalidade durante o período de lactação;
Score de diarréia;
Número de leitões desmamados foi registrado pelo gerente da granja.

COMEÇANDO BEM…
MELHOR DESEMPENHO AO DESMAME!
DESEMPENHO ZOOTÉCNICO À NASCENÇA
Embora a levedura probiótica na alimentação tenha sido adicionada apenas nas últimas 4 semanas de gestação, a prolificidade do grupo Actisaf® foi significativamente melhor que a do grupo Controle (17,9 vs. 16,3; P=0,016 – respectivamente). Apesar de não esperada essa melhora, nesse paramêtro.
Observou-se também, como consequência, uma tendência positiva no peso da leitegada ao nascer do grupo Actisaf®. (20,8 vs 21,8; P=0,242) (Figuras 1 e 2).

Embora ter mais leitões ao nascimento é importante e fundamental mantê-los vivos e saudáveis até ao desmame!

Na análise dos dados obtidos no desmame, mesmo que não houvesse nenhuma alteração em score de fezes entre os grupos durante o período de amamentação a mortalidade foi diminuída em 13,6% (Figura 3).

Figura 3. Mortalidade durante os primeiros 21 dias de lactação após o aleitamento cruzado ao nascimento.

MORTALIDADE DURANTE OS PRIMEIROS 21 DIAS DE LACTAÇÃO APÓS O  ALEITAMENTO CRUZADO AO NASCIMENTO
Além disso, o número de leitões após 21 dias de aleitamento foi aumentado +0,35 leitões no grupo Tratado em comparação com o grupo Controle (14,45 vs. 14,10 respectivamente – figura 3) e o peso da leitegada também aumentou significativamente: 70,0kg no grupo tratado vs. 64,2kg no grupo de controle (P=0,037). Este resultado permitiu um aumento de ganho no grupo tratado de 4.8kgs na leitegada (Figura 5).

Figura 5. Mortalidade durante os primeiros 21 dias de lactação após o aleitamento cruzado ao nascimento.

Finalmente, após 21 dias de lactação, observamos que os leitões provenientes do grupo tratado são 245g mais pesados em comparação com o grupo controle (fig 6), o que significa que a suplementação através das porcas apoia a produção de uma boa qualidade nutricional do colostro e do leite.

Figura 6. Peso individual da leitegada aos 21 dias de lactação.


SOLUÇÃO PROBIÓTICA. COMO FUNCIONA?
Este estudo realizado em uma grande empresa na suinocultura espanhola, mostrou que a adição de Actisaf® Sc 47 a 1kg/ton a partir das últimas 4 semanas de gestação até ao final da lactação melhora o tamanho da leitegada (+0,35 leitões) e o peso da leitegada (+5,8 kg) aos 21 dias de lactação e diminui a mortalidade durante o aleitamento em 13,6%.
Além disso o aumento de 4,8kg a mais na leitegada ao final da lactação.
Estes resultados estão totalmente de acordo com os ensaios realizados para o registro e os vários resultados obtidos em todo o mundo.
Como o objetivo deste estudo era melhorar o desempenho zootécnico das porcas lactantes e das suas leitegadas, através da adição de levedura probiótica na dieta das porcas gestantes ou lactantes, os resultados obtidos no presente estudo permitem que a alimentação das porcas com Actisaf Sc47® melhora o seu estado sanitário, bem como o status sanitário dos seus leitões e a redução da mortalidade dos leitões pré-desmame (-13,6%)!
Além disso, o número médio de leitões desmamados por leitegada e o peso médio da leitegada no desmame foram mais elevados no grupo tratado com probiótico Actisaf Sc47® em comparação com o grupo controle, o que permite sugerir que os leitões são mais saudáveis no grupo Tratamento em comparação com o grupo Controle, graças a um melhor colostro e qualidade do leite.
Consequentemente, o aumento da mortalidade dos leitões antes da desmama da leitegada nas porcas do grupo controle pode dever-se principalmente a leitões mais frágeis ao nascimento e também a uma redução significativa da produção de leite e/ou de imunoglobulinas (IgG e IgA) no colostro e no leite.

LEVEDURA VIVA PROBIÓTICA.
UMA SOLUÇÃO SEGURA!

Em conclusão, a suplementação de Actisaf® 4 semanas antes do parto até ao final da lactação é uma solução segura para melhorar a qualidade nutricional e imunológica do colostro e do leite. Para desenvolver um bom estado de saúde intestinal da leitegada, permitindo melhorar a performance da leitegada durante a lactação, e uma estratégia testada para melhorar o peso da leitegada durante o desmame.

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