A publicação Contas de Ecossistemas: Condição dos Corpos Hídricos também mostra que a captação direta de água azul – extraída em mananciais superficiais e subterrâneos de água doce para diferentes usos – para a agricultura irrigada subiu, na média nacional, de 904 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 1.084 m³/s.
O uso para irrigação no campo cresceu em cinco dos seis biomas analisados. O maior aumento foi no Cerrado (35%), que passou de 210 m³/s em 2010 para 284 m³/s em 2017. Depois, vem Caatinga (21,7%, de 180 m³/s para 219 m³/s), Amazônia (17,6%, de 17 m³/s para 20 m³/s), Pampa (14,4%, de 284 m³/s para 325 m³/s) e Mata Atlântica (10,3%, de 213 m³/s para 235 m³/s).
De acordo com a pesquisa, que teve colaboração da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a captação de água no Cerrado “se deu principalmente para fins de irrigação e expansão agrícola“.
Em relação ao Pampa, que tem grande participação na agricultura irrigada no país, com destaque para o cultivo de arroz, a publicação cita que 90% da água captada foi para fins de irrigação em 2010, passando para 91% em 2017.
Considerando Amazônia e Pantanal, em que a quantidade de água para uso agrícola é menor na comparação com os demais, o IBGE ressalta que, em média, 25% da água captada nos seis biomas foi para fins de agricultura irrigada.
Fonte: Globo Rural