Nos últimos anos, os produtores de aves estão sob maior pressão de autoridades e consumidores. Um exemplo é a proibição de antibióticos melhoradores de desempenho na produção de frangos e poedeiras.
Embora essas iniciativas tenham sido tomadas para salvaguardar a saúde pública e o bem-estar animal, elas aumentam a pressão sobre a lucratividade dos produtores de aves.
Os produtores são, portanto, forçados a buscar alternativas sustentáveis de manter a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais.
As enzimas exógenas foram um dos maiores avanços na nutrição animal nos últimos anos, permitindo que nutricionistas formulassem dietas mais baratas enquanto mantinham o desempenho animal, reduzindo os custos de produção e a poluição ambiental.
Historicamente, isso tem sido baseado em uma compreensão limitada no nível dos substratos enzimáticos contidos nas dietas e das mudanças que as enzimas podem trazer ao metabolismo e à fisiologia animal.
Recentemente, nosso entendimento em cada uma dessas áreas progrediu, abrindo novas oportunidades para explorar todo o potencial na aplicação do uso de enzimas em nutrição animal.
Este artigo explorará a aplicação de fitase e xilanase para superar os efeitos anti nutritivos associados ao fitato e à fibra, respectivamente.
EFEITOS ANTINUTRICIONAIS DO FITATO E BENEFÍCIOS DA SUPERDOSAGEM FITASE
O fitato é conhecido por ser um potente antinutriente, prejudicando a utilização de minerais e outros nutrientes como aminoácidos e energia.
A aplicação de fitase evoluiu significativamente na última década com a introdução da prática de usar altas doses ou “superdoses” de fitase para se aproximar da destruição total do fitato (IP6) e seus ésteres inferiores (IP5-IP1).
A superdosagem de fitase pode ser utilizada para proporcionar melhor desempenho animal simplesmente aumentando a suplementação com fitase extra sem assumir qualquer contribuição nutricional.
Para conseguir isso, por exemplo, os produtores que formulam dietas com 500FTU/kg de fitase, enquanto assumem a contribuição nutricional padrão da enzima, devem simplesmente adicionar mais enzima para atingir uma atividade final na ração de 1.500-2.500FTU/kg.
Isso pode melhorar a eficiência da alimentação de aves e suínos por meio de uma maior quebra de fitato (geralmente uma redução de cerca de 3-4 pontos na conversão alimentar).
Esta abordagem requer um aumento do custo da alimentação antecipadamente e pressupõe que os nutrientes extras liberados pela destruição de fitato são convertidos em mais carne ou melhor eficiência animal.
Em uma série de seis testes com frangos conduzida para determinar a resposta animal com altos níveis de fitase, os resultados mostraram que a eficiência na utilização de metionina + cistina (M+C), lisina (Lys) e treonina (Ths) tiveram melhoras em 15, 13 e 5%, respectivamente (Tabela 1).
Isso demonstra a economia potencial de ração que pode ser alcançada usando doses mais altas de fitase e ajuda a explicar de onde vêm os benefícios da superdosagem para o desempenho animal.
OTIMIZANDO A QUEBRA DE FIBRAS E A FERMENTABILIDADE
A fibra é um componente importante das dietas, geralmente compreendendo 10-15% das dietas normais, mas pode ser um desafio medi-la porque os métodos analíticos comumente empregados hoje fornecem resultados questionáveis.
O método de fibra bruta, que tem mais de 100 anos, ainda é amplamente empregado para determinar fibras, mas, na melhor das hipóteses, captura 20-25% da fibra dietética total.
Com melhor conhecimento dos efeitos antinutritivos e potenciais benefícios nutricionais de fitato e fibras, juntamente com uma melhor compreensão do modo de ação enzimática, a AB Vista desenvolveu uma estratégia de aplicação enzimática chamada Programa de Matriz Máxima (PMM).
Quando comparada com a aplicação tradicional da enzima, o PMM oferece desempenho igual a um custo de alimentação consideravelmente menor.
Estudos estabeleceram que o desempenho do frango pode ser mantido em dietas com reduções de pelo menos 2,5kg/t de fosfato monocálcico, 10kg/t de farelo de soja e 10kg/t de gordura.
As aves conseguiram manter o desempenho consumindo 7,3% menos P e 2,8% menos lisina (Figura 4).
A compreensão mais profunda dos efeitos deletérios do fitato e da fibra, e como Quantum Blue e Econase XT podem melhorar a utilização dos nutrientes, culminou na estratégia PMM da AB Vista, tornando-se disponível para produtores de ração. |