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Mercado de carbono no Brasil atrai empresas do exterior

O Brasil tem servido como referência para empresas internacionais que estão ingressando no mercado de carbono.

É cada vez mais frequente a visita ao País de delegações do exterior que tem como propósito conhecer melhor esse setor da economia, principalmente no contexto do agronegócio sustentável brasileiro, informou Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e titular da Academia Nacional de Agricultura da SNA.

“O Brasil hoje está muito integrado ao comércio mundial. O País é reconhecido não só como potência agroalimentar como também ambiental. Diversas empresas estão chegando ao Brasil para estudar o mercado de carbono. É natural essa inserção (global) do País e também o trabalho de valorização da economia verde brasileira e dos produtos nacionais, que estão cada vez mais sustentáveis”, disse Jacyr.

Segundo o executivo, a indústria da cana é um bom exemplo de sustentabilidade na produção. “De produtora de açúcar, essa indústria passou a gerar etanol para atender a uma demanda importante e ajudar na balança comercial do País.

Posteriormente, com a crise energética, produziu bioeletricidade, que representa hoje de 10% a 12% de toda a eletricidade produzida no Brasil”. Além disso, lembrou Jacyr, a indústria da cana também utiliza um subproduto que é a vinhaça para a produção de biogás.

Importância

“É um setor tradicional altamente sustentável que está servindo de exemplo para as demais indústrias no mundo. Atualmente recebemos delegações da Índia, da Tailândia, da Austrália e dos Estados Unidos, interessadas em conhecer esse importante setor da economia”, destacou o executivo, que atua há mais de 30 anos no segmento sucroenergético.

Documento

Ainda no âmbito da sustentabilidade, a Fiesp, no documento Diretrizes Prioritárias para o Governo do Estado de São Paulo – 2023/2026”, ressalta que várias oportunidades estão surgindo a partir da agenda ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês) e dos desdobramentos tecnológicos da Indústria 4.0.

A entidade acredita que é preciso “utilizar a capacidade de planejamento do setor público, articulada às vocações do setor privado”.

Nas diretrizes propostas pela Fiesp em diversos setores da economia, temas como agronegócio, segurança alimentar e economia verde ganham destaque. O material foi entregue aos candidatos à eleição do governo paulista e da presidência da República.

Entre outros tópicos, o documento defende o fortalecimento da produção agroindustrial paulista com o reconhecimento da contribuição do Estado de São Paulo para a segurança alimentar, energética e para a redução das emissões de carbono no Brasil.

Diante disso, a Federação reforça seu apoio ao aumento da participação da bioenergia na matriz energética, aspecto que considera fundamental para a descarbonização da economia.

Economia verde

No contexto da economia verde, a Fiesp ressalta que o governo deve tratar como prioridade a desburocratização dos sistemas e processos de licenciamento ambiental, otimizando os prazos e racionalizando os custos envolvidos.

“A economia verde ou bioeconomia tem sido muito difundida hoje em dia, principalmente em razão dessa fase de carência de fertilizantes, que foi suprida, em boa parte, pelos bioinsumos”, destacou Jacyr, que também mencionou a importância do uso de biocombustíveis na área de transição energética para a eletricidade.

Segurança alimentar

Com relação à segurança alimentar, o documento recomenda refeições gratuitas em restaurantes públicos ou instituições parceiras, além do desenvolvimento de hortas urbanas nas comunidades para o combate a fome.

Fonte: Jovem Pan/Poder 360

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