Recuperação de pastagens degradadas anunciada por novo ministro do Mapa é necessária e deve ampliar produção
Presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles, elogia intenção de Carlos Fávaro em dialogar com produtores da agropecuária
Carlos Fávaro, novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reiterou na tarde desta segunda-feira (2 de janeiro), durante a cerimônia de transmissão do cargo, o compromisso de recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas e incorporá-las às áreas agricultáveis no prazo de duas décadas.
Esse projeto de recuperação de pastagens será importante para o aumento da produção de alimentos, insumos e fortalecer ainda mais o protagonismo brasileiro no setor. A avaliação é de Fábio de Salles Meireles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
“Por isso, esperamos que o novo governo cumpra de modo eficaz essa meta, conforme o cronograma definido pelo novo titular da pasta, de um incremento de 5% ao ano”, complementou.
Meirelles também considerou positivo o fato de Fávaro elogiar seus antecessores no cargo, incluindo Tereza Cristina e Marcos Montes, que desempenharam a função no governo anterior.
“O novo ministro lembrou, de modo justo e oportuno, o mérito de todos os que, desde Roberto Rodrigues até o presente, levaram o Brasil de uma produção de 90 milhões de toneladas de grãos anuais para mais de 300 milhões”.
Nessa mesma linha, o diálogo com os produtores e a sustentabilidade do setor rural, assim como o apoio à Embrapa e melhor dotação orçamentária do órgão, foram outros pontos do discurso de Fávaro considerados positivos pelo presidente da Federação.
Referindo-se ao pronunciamento desta segunda-feira do novo ministro e a itens contidos no documento do Gabinete de Transição (GT), Meirelles destacou os seguintes itens das propostas do governo para o agronegócio:
- Garantia de recursos para o Plano Safra, nas linhas de custeio e investimento e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro);
- Assistência técnica e extensão rural;
- Transferência de tecnologia para a agropecuária;
- O avanço do cadastro ambiental rural e
- A modernização da Embrapa.
Outro ponto importante destacado foi a importância do direito de propriedade e ainda sobre a ênfase na produção sustentável.
“A atividade agropecuária no Brasil é, sem dúvida, altamente sustentável. O que precisamos melhorar é a comunicação sobre o tema”, enfatizou Meirelles.
“Também esperamos que os produtores sejam ouvidos, que haja permanente diálogo, respeito à propriedade privada e que a agropecuária continue como uma das prioridades nacionais. Isso é fundamental para o setor, que tem sido um forte alicerce da economia brasileira”, ressaltou o presidente da FAESP.
Assessoria de Imprensa