Como diminuir o impacto das descargas vulvares nas fêmeas suínas
As descargas vulvares são sinais importantes de infecções gênito-urinárias, geralmente causadas por bactérias da microbiota fecal, provocando falhas reprodutivas, afetando a saúde geral e a vida útil do plantel. Abordaremos aspectos práticos sobre as infecções do trato gênito-urinário, focando nas causas e nas formas efetivas de seu controle.
Por que muitas vezes não vemos as descargas vulvares nas granjas?
Toda secreção vulvar é patológica? Não! Existem secreções normais, exemplo: a secreção mucosa do pró-estro e estro; a que ocorre entre 8-48h pós inseminação; a eliminação do tampão mucoso da cérvix na gestação; as descargas até 5 dias pós-parto que são a eliminação de placentas e envoltórios, sem febre. |
A infecção urinária comum é a cistite, com a entrada e multiplicação bacteriana na bexiga. Pode ser ascendente ou descendente. Na ascendente (mais frequente) as bactérias fazem o percurso vulva, meato urinário, uretra e bexiga. Na descendente que ocorre em infecções generalizadas as bactérias que estão no sangue vão aos rins, ureteres e atingem a bexiga.
CARACTERÍSTICAS DAS CISTITES
Os sinais clínicos compreendem: falta de apetite, perda de peso, secreção vulvar, urina turva, com odor fétido e podem morrer subitamente. Quando a prevalência é alta há aumento na taxa de retornos, queda da taxa de partos, queda do nº de leitões nascidos e aumento nos descartes.
Entre os fatores de risco podemos citar:
Como diagnosticar a cistite?
Como coletar a urina das fêmeas?
Devemos colher a primeira micção do dia usando frascos estéreis. O jato inicial deve ser desprezado. Preencher o frasco e tampar acondicionando as amostras em caixas isotérmicas com gelo reciclável para envio o mais rápido possível para o laboratório. |
Boa parte dos sistemas não faz a análise da urina para ver a prevalência. Muitos tratamentos são feitos sem isolamento e antibiograma. As medicações massais periódicas para o plantel reprodutivo tendo ou não o problema ainda ocorrem. Algumas prescrições de tratamentos ainda são feitas com doses em PPM e não em miligramas/ kg o que gera subdosagem e falha terapêutica.
E a acidificação da urina afinal funciona?
A prática de diminuir o pH da urina com o uso de ácidos orgânicos é uma alternativa altamente viável para o controle das infecções urinárias pois a maioria das bactérias que causam esse problema diminuem a sua reprodução ou até morrem quando estão em um meio ácido.
Todos os ácidos benzóicos disponíveis no mercado são iguais?
Não, existem diferenças importantes em dois pontos: concentração e pureza. Quanto mais concentrado o produto mais princípio-ativo ele possui e menor é a dose necessária para que faça efeito. Já quanto à pureza, estamos falando dos níveis de exigência, presença de contaminantes e processo de fabricação. Temos do melhor para o pior em pureza a seguinte classificação: grau alimentício, grau farmacêutico, grau veterinário e grau técnico.
E como a DSM atua nesse segmento?
Ela promove há cerca de 20 anos um ácido benzóico totalmente único chamado VevoVitall. Diferente dos demais ácidos benzóicos do mercado, possui 99,9% de princípio-ativo e com grau alimentício, o que atesta a sua qualidade bem como inocuidade em relação a presença de níveis de contaminantes tóxicos. |
E AS METRITES/ ENDOMETRITES?
Essas inflamações no útero diminuem a fecundação dos oócitos, a ligação embriomaternal e a placentação ,gerando potencialmente redução no tamanho das leitegadas, muito embora não mudem a ciclicidade das fêmeas.
A endometrite acontece mais frequentemente de forma ascendente, ou seja, via introdução de bactérias através da vulva.
Quais os sinais clínicos das endometrites?
As fêmeas apresentam febre (temperatura > 39,5 °C), não comem, tem dificuldade de evacuar, existe o corrimento, pode haver baixa produção de leite ou até parar de produzir, as leitegadas apresentam diarreia e refugagem, ocorre um aumento do retorno ao cio.
Quais as principais bactérias envolvidas nas endometrites?
E as descargas vulvares purulentas pós-inseminação?
As descargas preocupantes são as que ocorrem de duas a 3 semanas após a inseminação pois provavelmente são endometrites ou metrites. Se não forem tratadas podem inclusive levar a perda da fêmea ou danos irreparáveis em seu útero acarretando subfertilidade ou até infertilidade. Essa situação acontece quando a inseminação é feita fora do estro, quando os sistemas de defesa da mucosa uterina não estão aptos a suportar a carga de corpos estranhos que a inseminação pode introduzir no trato reprodutivo.
E quando as fêmeas têm descargas vulvares pós-parto?
COMO FAZEMOS O DIAGNÓSTICO DAS ENDOMETRITES?
E para sua prevenção podemos:
Como pudemos ver as cistites e as endometrites, dentro das descargas vulvares, são quadros que merecem atenção pelos impactos negativos na saúde das matrizes, sua longevidade reprodutiva, nos indicadores de desempenho zootécnico e na viabilidade econômica dos sistemas conforme o grau de acometimento.
Nesse sentido produtos com a concentração de ácido benzóico e grau de pureza alimentício como o VevoVitall mostram-se aliados muito relevantes.
Se seu sistema de produção está enfrentando ou suspeita de problemas dessa natureza, procure um representante da DSM para auxiliá-lo na solução.
Referências bibliográficas sob consulta.