Neste artigo, vamos rever as mudanças ocorridas em nosso setor ao longo dos anos. O que aprendemos? O que esquecemos?
Quem melhor que Koen Schwarzer para nos dar estas respostas?
Koen reflete sobre a jornada na prevenção de patógenos – especialmente Salmonella – ao longo dos últimos anos.
No início da década de 80, muito se falou sobre as infecções transmitidas por alimentos.
“A conscientização do público quanto ao papel da carne de frango na transmissão de Salmonella ficou evidente. No Reino Unido, os incidentes de intoxicação alimentar estavam ocorrendo em escala crescente e o governo britânico decidiu agir, implementando medidas”, lembra Schwarzer.
Investigação dos riscos
O nível de conscientização quanto aos possíveis riscos de contaminação por Salmonella era elevado, explica Schwarzer.
“O setor investigou tanto os possíveis riscos de transmissão vertical (avaliando desde as linhagens de bisavós até os pintos de corte) quanto horizontal (matérias primas das rações, ração, água de bebida, transporte, armazenagem, instalações, equipamentos de abate e processamento, incubatórios, granjas, frigoríficos, processamento de alimentos).”
Esforços do setor de rações
O tratamento de matérias primas críticas, especialmente fontes de proteína (farinhas e farelos), a prevenção da recontaminação da ração e garantia da qualidade da água de bebida através da adição de aditivos à base de ácidos orgânicos passaram a ser práticas comuns.
Koen Schwarzer relembra os esforços do setor de rações para garantir a inocuidade de rações e alimentos na década de 80. “O bom manejo nas granjas era outro passo essencial para garantir a higiene de rações”.
Os desafios na cadeia de Alimentação Animal
Schwarzer: “A fabricação de ração livre de Salmonella, a adoção de práticas de Biossegurança e o uso de ácidos orgânicos tiveram bastante sucesso, mas é um esforço constante. As etapas do processo de fabricação da ração não podem ser subestimadas.
A ameaça de contaminação ou recontaminação está sempre presente: durante a colheita das matérias primas, transporte, mistura, o perigo existe em todas as etapas”.
O formaldeído entra na jogada
No início da década de 90, houve muito entusiasmo relacionado à aplicação de formaldeído em matérias primas, lembra Schwarzer.
“O formaldeído é altamente eficaz para o controle da higiene de rações por seu poder antimicrobiano e características de alta volatilidade, permeando entre as partículas. Em combinação com ácidos orgânicos, protege a ração em todas as etapas de sua produção, impedindo a (re)contaminação”.
Novas técnicas de processamento
Na década de 90, segundo Schwarzer, o setor desenvolveu novas técnicas de produção.
“A adoção de processos envolvendo altas temperaturas para eliminar Salmonella e Enterobactérias e tornar os nutrientes da ração mais digestíveis cresceu exponencialmente. A combinação de modernos processos de fabricação de rações com o uso de produtos à base de formaldeído passou a ser uma boa opção para o controle de Salmonella na ração e redução do risco de recontaminação”.
Esta alta eficácia, entretanto, acabou tendo um lado negativo comportamental, enfatiza Schwarzer:
“Passo a passo, as pessoas passaram a relaxar as medidas de higiene durante o processo de fabricação”.
Reintrodução de ácidos orgânicos em higiene de rações
Foram levantadas questões sobre os possíveis efeitos carcinogênicos do formaldeído para seres humanos e seu uso foi banido na Europa em 2017. O setor precisava urgentemente de alternativas.
Felizmente, Schwarzer e seus colegas estavam pesquisando os efeitos antibacterianos dos ácidos orgânicos há décadas.
“Combinações sinérgicas muito específicas de ácidos orgânicos e óleos essenciais representam a melhor solução atualmente disponível em termos de controle e prevenção da recontaminação da ração por Salmonella e Enterobactérias”.
Rédea curta em boas práticas de manejo na granja é essencial
Atualmente, aditivos como ProPhorce™ Feed Hygiene e ProPhorce™ Drinking Water Solutions são soluções comprovadas para a eliminação de patógenos. “O bom manejo na granja é indispensável”, enfatiza Schwarzer.
“Como o formaldeído era muito eficaz, os desafios para manter os padrões de qualidade aumentaram. Realmente precisamos dar atenção, conscientizar os envolvidos e aprimorar ainda mais os padrões de qualidade, para que voltem a ser a prática comum”.