Como o próprio nome diz, as pastagens perenes não precisam ser semeadas anualmente e chegam a produzir por décadas, desde que sejam bem implantadas e manejadas. Com raízes profundas e palhada acumulada sobre o solo, elas favorecem a infiltração de água, ajudam a reduzir a erosão e melhoram a fertilidade do solo.
Essas plantas têm potencial de produção de 20 a 35 toneladas de matéria seca por hectare/ano, enquanto as pastagens anuais variam entre 6 e 12 toneladas. Com mais pasto disponível, o pecuarista precisa de menos silagem, feno e ração para alimentar os animais, reduzindo os custos de produção.
A Epagri já orientou a implantação de 120 mil hectares de pastagens perenes em 14,5 mil propriedades. Essas áreas produzem cerca de 1,5 bilhão de litros de leite por ano, contribuindo para manter Santa Catarina como quarto produtor nacional desse alimento.
Na propriedade dessa família, as pastagens perenes ganharam mais expressão em 2017, quando o filho Willian replanejou totalmente as atividades depois de participar do curso Ação Jovem Rural da Epagri. Hoje são 11,3ha cobertos por pastagens perenes de verão consorciadas com espécies anuais de inverno. A área suporta cerca de 80 animais, com média de 42 vacas em lactação.
O manejo adequado elevou a produtividade e a qualidade das pastagens, alavancando em 28% a produtividade do leite: hoje, cada hectare rende 19 mil litros por ano. A produção saltou de 206 mil litros em 2017 para 304 mil litros em 2020 e a qualidade do leite e os indicadores de bem-estar animal também melhoraram. “Devido aos ajustes que foram feitos na propriedade, estamos tornando ela cada dia mais rentável”, diz Willian.
Fonte: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina | EPAGRI