A pecuária bovina tem atingido números bastante satisfatórios para o setor. No ano passado, a atividade alcançou um recorde histórico exportando 2,89 milhões de toneladas desta carne para 157 países, resultando em um faturamento de US$ 12,8 bilhões, segundo dados do Beef Report 2025, publicação anual produzida pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), em parceria com a ApexBrasil.
A carne bovina in natura segue como o principal item da pauta exportadora, representando 88% do volume total embarcado e mantendo a China como principal destino, responsável por 46% das compras brasileiras.
Evolução
Esse resultado representa uma evolução significativa de quase 22% em valor, consolidando um caminho de constante crescimento, com alta acumulada de mais de 50%, nos últimos cinco anos.
Com isso, o Brasil firma sua posição de liderança mundial em exportações e segundo maior produtor global, com um rebanho comercial estimado em 194 milhões de cabeças.
Livre da Aftosa
Ainda neste ano, o Brasil deve ser, oficialmente, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como país livre de febre aftosa sem vacinação.
“Essa conquista, fruto de décadas de esforço conjunto entre o setor público e privado, representa um novo patamar de confiança sanitária e nos posiciona de forma ainda mais competitiva diante dos mercados internacionais”, segundo Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC.
Movimentação em 2024
A cadeia da carne bovina movimentou, em 2024, aproximadamente R$ 1 trilhão, representando 8,4% do PIB nacional, um desempenho impulsionado por ganhos consistentes de produtividade com o maior número de animais terminados em confinamento da história da pecuária brasileira, com 8,8 milhões de cabeças, e uma média nacional de quase 5 arrobas por hectare/ano, frente às 2,8 arrobas de 20 anos atrás.
Aumento da produção eficiente e sustentável
O Brasil tem conseguido expandir sua produção sem ampliar a área de pastagem, aderindo a políticas como o Plano ABC+, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado (Boi na Linha) do Ministério Público Federal. São iniciativas que reforçam a liderança nacional na edificação de uma pecuária moderna, rastreável e sustentável.
Mercado interno
Neste cenário, o mercado interno também tem um papel importante por ter absorvido cerca de 70% da produção nacional de carne bovina no ano passado.
“A missão da ABIEC segue firme: fortalecer a imagem da carne bovina brasileira, defender os interesses do setor, ampliar a presença do produto no mundo e contribuir para que o Brasil continue ocupando posição de liderança na segurança alimentar global”, concluiu Antônio Jorge Camardelli.
Por Larissa Machado/SNA | Com informações da ABIEC