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Pesquisa aponta técnicas que promovem sequestro de carbono em pastagens

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Pesquisa realizada no IZ aponta técnicas que promovem sequestro de carbono em pastagens

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa e consequentemente os impactos das mudanças climáticas é um dos maiores desafios da atualidade. Se por um lado a agropecuária tem sido fortemente afetada pelos efeitos das anormalidades climáticas, como temperaturas extremas, ondas de calor, seca e inundações, por outro lado, os setores agropecuários e a mudança do uso da terra são os maiores responsáveis pelas emissões totais de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil.

Pesquisa realizada no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, em colaboração com Embrapa Meio Ambiente, Instituto Agronômico (IAC-APTA) e Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, avaliou o estoque de carbono em solos sob mata e sob pastagem e identificaram que boas práticas de manejo de pastagem podem aumentar o sequestro do carbono (C) no solo, reduzindo as emissões.

De acordo com a pesquisadora do IZ Cristina Maria Pacheco Barbosa, foram analisadas amostras de solos de dois pareamentos de mata e pastagem.

“Avaliamos três tratamentos: pastagem exclusiva de gramínea; pastagem exclusiva de gramínea com suplementação proteica aos animais; e pastagem de gramínea consorciada com leguminosa. Dependendo da textura do solo é possível ter o mesmo acumulo de carbono no solo de mata ou pastagem, e com o tempo é possível que o do solo sob pastagem supere o do solo sob mata”, diz.

Segundo Barbosa, pastagens mal manejadas, pouco produtivas e com baixa cobertura do solo devem resultar em déficit de C em relação à cobertura florestal original, enquanto pastagens com boas práticas de manejo, como adubação nitrogenada, consórcio com leguminosas, sistemas de pastejo rotacionado ou diferido, podem superar os estoques originais de C no solo.

“Estas boas práticas também têm impactos positivos diversos na produção, como, por exemplo, na maior eficiência de uso dos nutrientes e no equilíbrio biológico dos sistemas”, reforça.

Por Alexandra Cordeiro – Assessoria de Imprensa IZ

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