No estudo foram usadas as citações da base de dados Scopus, que atualiza a posição dos cientistas em dois rankings: o impacto do pesquisador ao longo da carreira e o impacto do pesquisador em 2019. Conheça os outros pesquisadores da Embrapa aqui.
Para conhecer a dimensão do seu trabalho, a pesquisadora explica que para produzir 1 tonelada de soja são necessários cerca de 80 kg de nitrogênio. Esse nutriente é o mais requerido pela cultura e pode ser obtido gratuitamente na natureza, por meio de algumas bactérias do gênero Bradyrhizobium (risóbios). De acordo com a pesquisadora, essas bactérias são capazes de capturar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em fertilizante para as plantas. A fixação biológica do nitrogênio dispensa a utilização de fertilizantes nitrogenados; produtos que além de aumentar os custos de produção, podem ser prejudiciais ao ambiente.
Além dos trabalhos com rizóbios em soja, Mariangela também já coordenou pesquisas que culminaram com o lançamento outras tecnologias: autorização/recomendação de bactérias (rizóbios) para a cultura do feijoeiro, Azospirillum para as culturas do milho e o trigo e coinoculação de rizóbios e Azospirillum para as culturas da soja e do feijoeiro e melhoria das pastagens. A pesquisadora trabalha com várias parcerias privadas no desenvolvimento de novos inoculantes e já tem vários produtos registrados e comercializados.
Reconhecimento – Desde 2008, Mariangela é membro titular da Academia Brasileira de Ciências. No mesmo ano recebeu o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República pela contribuição na área de Ciências Agrárias. Em 2010 recebeu o trofeu Glaci Zancan Mulheres de Ciência do Paraná e o prêmio Honorary Scientist & Advisor on Agricultural Green Technology do Rural Development Administration (RDA), da República da Coreia. Em 2012 recebeu o prêmio Frederico de Menezes Veiga, da Embrapa, sobre o tema Agricultura na Economia de Baixa Emissão por seus trabalhos em fixação biológica do nitrogênio. Recebeu o Prêmio Claudia Categoria Ciências (2015), Medalha de Mérito pelo CREA-PR (2018), Medalha de Mérito Nacional CONFEA/CREA (2018), Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico (ONMC), da Presidência da República, na classe Grã-Cruz, área de Ciências Agrárias (2018); Prêmio Antonio Carlos Moniz da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (2019).
Por: Lebna Landgraf (Mtb 2309 -PR) | Embrapa Soja