O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,81% em 2019, calcula o afirma o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
A pecuária foi o principal ramo, afirma os pesquisadores do Cepea. O segmento apresentou alta de 23,71%.
Embora, em geral, a demanda interna não tenha atendido às expectativas dos agentes de mercado, tendo ficado enfraquecida em grande parte do ano, o bom desempenho das exportações de carnes foi um dos principais fatores a assegurar o excelente resultado do PIB do ramo”, informa o centro.
Basicamente, a Peste Suína Africana (PSA) nos países asiáticos causou um forte aumento na demanda mundial por carnes. Desta maneira, os preços internacionais das proteínas animais aumentaram, o que se refletiu na precificação doméstica.
Neste cenário, os empresários elevaram a produção e conseguiram vender bem mais para o exterior, com preços elevados. O Cepea informa que os volumes exportados de carne suína, bovina e de aves aumentaram 16%, 15% e 4%, respectivamente, no ano passado.
Na mesma esteira, os preços em dólares das carnes suína, de aves e bovina subiram 13,6%, 5% e 3,7%, respectivamente.
Separando apenas o ramo agrícola, houve recuou 3,46% no PIB de 2019. A pressão, na avaliação dos pesquisadores, ocorreu pela “queda de 13,95% no PIB do segmento primário agrícola, que, por sua vez, foi influenciado pela combinação entre crescimento do custo de produção e redução de preços de produtos importantes, como algodão, café, mandioca e soja”.
No entanto, a produção média ponderada das várias atividades agrícolas expandiu 1,89%, impulsionada pelas safras de algodão, banana, cana-de-açúcar, laranja e milho.
Por Cepea