O Plano Safra 2025/2026 consolida-se como o maior já lançado pelo Governo Federal.
Com R$ 516,2 bilhões disponíveis para a agricultura empresarial, o programa amplia o crédito para custeio, comercialização e investimentos, com condições favoráveis de financiamento, mesmo em um cenário de juros elevados. A iniciativa atende à crescente demanda por recursos no campo e reforça o compromisso do governo com o abastecimento interno, a sustentabilidade produtiva e o aumento dos excedentes exportáveis.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta que o impacto do Plano vai além dos valores anunciados. “Fizemos o maior Plano Safra da história para estimular a produção. Os recursos anunciados são o ponto de partida. Com o apoio das instituições financeiras, a previsão é que a execução ultrapasse os R$ 550 bilhões”, afirmou Fávaro.
O diferencial desta edição está no aumento real dos recursos subvencionados pelo Tesouro Nacional, que reduz as taxas de juros para o produtor rural. Os recursos equalizados saíram de R$ 92 bilhões para R$ 113 bilhões, um crescimento de mais de 20%, superando a inflação e garantindo melhores condições de financiamento.
“O que precisa ser observado é onde o governo de fato participa. O aumento dos recursos equalizados é expressivo e revela o esforço público para garantir crédito com condições acessíveis aos produtores”, reforçou o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos.
Além disso, o Plano mantém juros abaixo dos praticados no mercado, mesmo com a Selic em 15% ao ano. Para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), por exemplo, a taxa é de 10% ao ano, enquanto no mercado os juros chegam a 18% ou mais. Também houve ampliação do limite de renda bruta anual para acesso ao Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões, permitindo que mais médios produtores acessem o crédito com taxas reduzidas.
Outra novidade é a ampliação do acesso ao Funcafé. A partir desta safra, produtores do Pronaf e do Pronamp também poderão contratar recursos do fundo, mesmo que tenham contratos ativos no Plano Safra. A medida representa um reforço importante ao setor cafeeiro e amplia as possibilidades de financiamento à produção.
O Plano também traz avanços na agenda ambiental, com destaque para o RenovAgro, que passa a financiar ações de prevenção a incêndios, reflorestamento e recomposição de áreas degradadas, além de conceder descontos nas taxas de juros para produtores que adotarem práticas sustentáveis. Itens como caminhões-pipa, sementes de essências florestais e culturas de cobertura do solo estão entre os financiáveis.
Na área de infraestrutura, o Programa de Construção de Armazéns (PCA) contará com R$ 8,2 bilhões em recursos. Para estruturas com capacidade de até 12 mil toneladas, os produtores poderão acessar crédito com juros de 8,5% ao ano.
Com foco no fortalecimento da produção nacional, o plano prevê a formalização de cerca de 500 mil contratos de crédito rural ao longo do ciclo. A estimativa é de safra recorde superior a 1,2 bilhão de toneladas, incluindo grãos, carnes, fibras, café, frutas e demais produtos. O volume reforça a segurança alimentar interna e consolida o papel do agro na economia brasileira e no comércio internacional.
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