A APTA Regional de Colina trabalha no desenvolvimento de um sistema de produção em que as bezerras desmamadas aos 7/8 meses com 170 kg atinjam 300 kg aos 14/15 meses de idade, momento que estariam prontas para ficarem prenhas – tempo 40% mais rápido do que a média alcançada pelos produtores brasileiros, que conseguem emprenhar as novilhas aos 24 meses. De acordo com os pesquisadores, o ciclo de produção mais rápido, reduz os custos da criação dos animais nas fazendas.
A produção de novilhas precoces é alcançada com a utilização estratégica de suplementação na alimentação dos animais, logo após o desmame. Ao todo, estão em teste três tipos de tratamento: o confinamento dos animais, denominado confinamento de recria, e dois níveis de suplementação diferentes. “Sabemos que o sistema é vantajoso, mas ainda é necessário finalizar os testes e também o estudo econômico, que varia dependendo do local da fazenda. Uma propriedade instalada em São Paulo terá custo de produção diferente do que uma propriedade em Rondônia. Tudo isso precisa ser avaliado também pelo produtor”, explica o pesquisador da APTA Regional.
Resende afirma que o papel dos pesquisadores envolvidos no projeto é fazer o pecuarista ganhar dinheiro. “Se ele trabalhar com a máxima eficiência na nutrição, conseguirá produzir um animal jovem, apto em entrar em reprodução precocemente e, aquelas novilhas que não emprenharem, ao serem abatidas pesadas e bem acabadas, alcançarão melhor remuneração por isso”, diz.
As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.
O sistema de produção de novilhas precoces é uma das entregas tecnológicas dos Institutos de Pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP. As entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.
Fonte: Fernanda Domiciano | APTA