Pecuaristas devem intensificar cuidados durante época de transição das águas para a seca
A chegada do mês de maio intensifica o período de transição das chuvas para a seca, aumentando a demanda de pecuaristas por cuidados com as pastagens para fornecer uma alimentação adequada ao rebanho. Segundo a Embrapa, cerca de 95% da carne bovina no Brasil é produzida em regime de pastagens, o que reforça a necessidade de realizar um bom manejo nos pastos para que os animais possam expressar seu maior potencial produtivo tanto em carne quanto em leite.
O período de transição começa após o término do verão, época caracterizada pela diminuição das chuvas, com queda gradativa nas temperaturas e menor radiação solar, que influenciam diretamente no desenvolvimento do pasto, muitas vezes resultando em escassez de alimentos com a diminuição da quantidade e qualidade da alimentação que é fornecida.
De acordo com a Embrapa, um bom manejo das pastagens permite manter a produção de capim, conservar a qualidade do solo, proporcionar aos animais uma alimentação em quantidade e qualidade nutritivas, e evita a degradação da pastagem. O sistema rotacionado também traz vantagens, com a pastagem sendo subdividida em áreas menores, os chamados piquetes, que são utilizados como uma espécie de rodízio, determinando as épocas de ocupação e descanso da pastagem.
Para que os animais possam chegar ao próximo período das águas sem redução do metabolismo, podendo expressar seu maior potencial no ganho de peso, muitas vezes existe a necessidade de suplementação animal, com os consultores trabalhando no auxílio aos cooperados para o melhor planejamento.
O médico veterinário Lucas Francisco de Oliveira, do Departamento Veterinário da Cocari (Devet), comenta que os produtores precisam redobrar os cuidados com o pasto durante esta fase.
“As pastagens brasileiras são, no geral, de clima quente, e durante o período das águas alcançam seu maior potencial produtivo, reduzindo consideravelmente sua qualidade durante o inverno. Com isso, os produtores devem estar atentos e prontos para esse momento crítico do ano para evitar prejuízos”, salientou.
Segundo ele, o produtor deve estar ciente sobre o que a sua atividade mais exige nesse período.
- “Gado de corte, gado leiteiro, a aptidão produtiva, a fase do ciclo, esses são fatores que devem ser levados em consideração no momento de traçar um plano de inverno. Outra questão é se a área suporta todo o rebanho ou se será necessário comercializar alguns animais”, frisou.
Fonte: Sistema Ocepar (adaptado)