Atualmente tem se investido em terminação de bovinos em sistema de confinamento, pois há:
Maior rendimento de carcaça;
Possibilidade de exploração intensiva em pequenas propriedades;
Na tentativa de minimizar as doenças respiratórias, aditivos
O uso leveduras como aditivos alimentares podem auxiliar a microbiota ruminal, fortalecendo o sistema imune e reduzindo a contaminação de patógenos, também colaboram para a saúde geral e para a resposta do animal frente ao problema.
Um estudo realizado no Confinamento do Núcleo de Produção Animal (NUPRAN), na Universidade Estadual do Centro Oeste, Cedeteg, Guarapuava, PR (dados não publicados), foi realizado para avaliar o efeito de RumenYeast® sobre afecções pulmonares em novilhos de corte.
Foram utilizados 36 novilhos inteiros ½ sangue Angus, com peso médio inicial de 350 kg e idade média inicial de 11 meses, distribuídos em três tratamentos: Controle: dieta sem leveduras; Lev 4: 4g/animal/dia de RumenYeast® – ICC Brazil; e Lev 7: 7g/animal/dia de RumenYeast®.
Resultados
Notou-se que, ao longo do confinamento, mais especificamente a partir do 42ºdia de confinamento, uma maior quantidade de animais do tratamento controle apresentaram secreção nasal e maior temperatura orbital quando comparado aos grupos suplementados (Gráfico1).
Gráfico 1 – Novilhos confinados sem secreção nasal mucopurulenta e temperatura orbital bovinos de sob diferentes doses de RumenYeast® na dieta.
Enquanto a temperatura orbital elevada indica inflamação da região ou febre, a secreção nasal esbranquiçada indica infecção por bactéria em trato respiratório anterior, isto é, narina, faringe e traqueia, ou em trato respiratório posterior, isto é, nos pulmões.
Tendo em vista que as principais causas de febre em bovinos confinados são a tristeza parasitária (amarelão) ou doença respiratória dos bovinos e que apenas a doença respiratória dos bovinos causa secreção nasal esbranquiçada, acredita-se que os animais sem suplementação de levedura apresentaram maior índice de doença respiratória que os animais alimentados com dietas suplementadas (SCHAEFER et al., 2007, EDWARDS, 2010).
Além disso, no dia do abate examinaram-se os pulmões dos animais (Figura 2), verificando-se que os animais que receberam a RumenYeast® na dieta, desenvolveram menos pneumonia em comparação aos que não receberam (Gráfico 2).
Gráfico 2 – Capacidade de eliminar agentes e frequência de pneumonia em novilhos confinados sob diferentes doses de RumenYeast® na dieta.
Figura 2– Indicadores de doença respiratória: pulmões no abate (seta indica área que normalmente ocorre as pneumonias. Na figura a esquerda a área (lobo cranial ventral) não tem alteração; à direita, a área avermelhada (congesta) e com achatamento( atelectesia), indicando pneumonia localizada.
Conclusão
O estudo permite concluir que a suplementação com RumenYeast® na dieta melhorou a saúde do pulmão dos animais avaliados, em ambas as dosagens (4 g ou 7 g), com maior eficiência na dose de quatro gramas. Essa melhora na saúde dos animais pode resultar em maior produtividade, menores gastos com antibióticos para tratamento dos animais doentes, menor resistência bacteriana por tratamentos incompletos e também, menores transmissão de doenças entre os animais confinados.
A combinação de uma nutrição adequada do rúmen que fortalece o sistema imunológico do animal resulta em uma melhor e mais eficiente resposta diante os desafios encontrados no campo que acometem os novilhos, principalmente em fase de adaptação. RumenYeast® proporciona esses benefícios, garantindo uma suplementação natural e de qualidade, um fator importante para conquistar um mercado consumidor cada vez mais exigente.
BORTOLUZZI, Cristiano et al. Autolyzed yeast (Saccharomyces cerevisiae) supplementation improves performance while modulating the intestinal immune-system and microbiology of broiler chickens. Frontiers in Sustainable Food Systems, v. 2, p. 85, 2018.
EDWARDS, T. A. Control methods for bovine respiratory disease for feedlot cattle. Veterinary clinics: Food animal practice. 26.2: 273-284, 2010.
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SCHAEFER, A. L., et al. The use of infrared thermography as an early indicator of bovine respiratory disease complex in calves. Research in Veterinary Science, 83.3: 376-384, 2007.
SHURSON, G. C. Yeast and yeast derivatives in feed additives and ingredients: Sources, characteristics, animal responses, and quantification methods. Animal feed science and technology, v. 235, p. 60-76, 2018.
WILLIAMS, D. L.; MUELLER, A; BROWDER, W. Glucan-based macrophage stimulators. Clinical Immunotherapeutics, 5.5: 392-399, 1996.
Por: Gabriela Garbossa, Gabriela Thomaz, Gabriel Bet Flores, Patrícia Rossi, Dailis Delazeri, Willi Horner, Mikael Neumann, Heloisa Godoi Bertagnon/ E-mail: gabigarbossa@hotmail.com