Segundo ela, essas tensões “tornam o quadro econômico global mais complexo”.
Georgieva defendeu, durante entrevista virtual ao The Washington Post, a importância de uma solução “diplomática” no caso, para o bem do povo ucraniano e também para sustentar a retomada global. Na avaliação dela, eventuais sanções duras do Ocidente contra a Rússia, em caso de invasão, teriam impacto em transações financeiras.
Para a diretora-gerente do FMI, o impulso econômico global perde força, em parte por causa da persistência da Covid-19 e seus efeitos. Ao provocar problemas nas cadeias globais, a pandemia continua a puxar preços para cima, notou.
A autoridade elogiou o trabalho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de outros bancos centrais para comunicar a necessidade de aperto monetário, mas enfatizou a necessidade de se equilibrar o combate à inflação com o apoio à retomada. Segundo Georgieva, o mundo “está longe” de taxas de juros reais que possam prejudicar a economia.
Questionada, Georgieva disse que o FMI já tem um programa em andamento com a Ucrânia, com US$ 2,2 bilhões disponíveis para distribuição até junho. Caso um eventual conflito provoque efeitos em outras nações, o Fundo está “pronto para auxiliar”, afirmou.
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Fonte: Estadão