Nova tecnologia para produção de peixe do tipo panga é entregue por pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ao setor de produção.
O trabalho
Para se chegar a esse resultado, os pesquisadores verificaram a criação dos pangas utilizando ração de 32% e 28% de proteína bruta.
“O estudo mostrou que o sistema de produção de panga, preconizado pela APTA, é uma atividade rentável, já que a lucratividade obtida ficou entre 2,68% a 3,89%, considerando o custo operacional. Os dados obtidos demonstram que houve lucro, indicando que a produção de panga pode ser uma opção de ganho financeiro para o produtor”, afirma a pesquisadora da APTA Regional de Monte Alegre do Sul, Célia Maria Doria Frasca Scorvo. O estudo contou com a participação das empresas Guabi Nutrição Animal e Piscicultura Águas Claras.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, a criação do panga é uma nova opção para geração de renda ao piscicultor, pois é uma espécie que apresenta bom desempenho produtivo e tem interesse do mercado consumidor. “O peixe é mais uma opção de proteína animal de alto valor nutricional, que poderá contribuir com a segurança alimentar”, afirma. Outras vantagens da espécie, apontadas pelos pesquisadores, são sua tolerância a baixos níveis de oxigênio dissolvido na água e altas densidades de estocagem.
Segundo a equipe de pesquisadores, foi verificado que para maior rentabilidade do piscicultor, a criação do panga deve ser realizada em viveiros escavados com densidade de até dez peixes por m² desde que se tenha renovação de 5 a 10% de água no tanque. “Para locais com baixa renovação de água, o produtor deve diminuir a densidade, que pode variar de um a três peixes por metro quadrado”, explica Célia.
De acordo com os cientistas, a produção de panga alcança melhor desempenho em locais em que ocorre pequena oscilação da temperatura da água ao longo do ano, sendo
A produção de panga no Estado de São Paulo é permitida em viveiros escavados. De acordo com os pesquisadores da APTA Regional, os estudos ocorreram em tanques-rede, dentro de viveiro escavado, para obtenção de informações com repetições. “O produtor deve fazer os licenciamentos ambientais e a outorga de água antes de iniciar a atividade, tirar registro de aquicultor e ter GTA (Guia de Trânsito Animal) para poder comercializar os animais”, explica Célia.
Produção nacional de panga
Em números de produção de pescado, São Paulo cresceu 6,9% no ano passado, alcançando 74.600 toneladas. Com esse desempenho, o Estado se consolida como o segundo maior produtor do Brasil, sendo responsável pela produção de 600 toneladas, por ano, de panga e outras espécies.
Entregas tecnológicas
“Já entregamos ao setor produtivo tecnologias para produção de lambari em conjunto com camarão e uso de rã como bioindicador ambiental. Temos a meta de entregar ao menos 50 novas tecnologias neste ano, todos trabalhos que trazem benefício para o setor de produção e, consequentemente, para toda a sociedade”, afirma Antonio Batista Filho, coordenador da APTA.
Fonte: Fernanda Domiciano | Assessoria de imprensa – APTA