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Uso de DDGS como ingrediente nas formulações de rações para suínos

Escrito por: Aline Maria Silva Barbosa - Mestranda em Nutrição e Produção de não ruminantes – UFLA, ASIH/NESUI , Caroline Beatriz de Sousa Faria - Mestranda em Nutrição e Produção de não ruminantes - Universidade Federal de Lavras (UFLA), ASIH/NESUI , Izabel Cristina Tavares - Graduanda em Medicina Veterinária UFLA, ASIH/NESUI
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Uso de DDGS como ingrediente nas formulações de rações para suínos

Died Distillers Grains with Solubles – DDGS é um alimento alternativo para formulação de dietas de suínos e, também, um meio de aproveitamento sustentável do resíduo da produção de etanol à base de grãos.

A energia presente nos grãos secos destilados com solúveis (DDGS) bem como fibra, proteína e fósforo digestível faz com que o alimento se torne atrativo na produção das rações de suínos, em substituição parcial ao milho e farelo de soja.

O DDGS é um coproduto resultante do processo de moagem da produção de etanol, possui coloração marrom e pode se apresentar com tons dourados, e essência característica de alimentos fermentados. No procedimento também é produzido dióxido de carbono e o álcool propriamente dito, combustível (Corassa, et al. 2018).

De acordo com Curry et al. (2018) o uso de DDGS de milho na alimentação de suínos tem aumentado devido a sua:
Acessibilidade,
Alto valor energético,
Além dos percentuais de aminoácidos e
Fósforo disponíveis.

Segundo Wang et al. (2008), o milho foi o primeiro grão a ser usado para a produção de etanol nos Estados Unidos da América, contudo, o triticale e o sorgo também passaram a ser utilizados para o mesmo fim e na alimentação de suínos na forma de coproduto, por meio do DDGS.

Quando se analisa a composição química do DDGS dos três grãos citados acima, os resultados são interessantes para serem incrementados à formulação de dietas de suínos (Tabela 1) .

Apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de etanol do mundo, a maior parte da nossa produção atualmente se dá a partir da cana-de-açúcar, mas no último ano, segundo dados da UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar em relatório publicado no segundo trimestre de 2021, o etanol proveniente do milho alcançou 2,57 bilhões de litros de produção na safra 2020/21, avanço de 58,13% em relação à safra anterior.

A participação do etanol de milho na fabricação total de biocombustível no Centro-Sul totalizou 8,45%. Estes resultados indicam uma tendência ao:

Portanto uma oportunidade que deve ser considerada para a cadeia produtiva de suínos.

Quanto ao sorgo, este é um alimento energético, o segundo cereal em importância para a alimentação de suínos no Brasil é o mais resistente ao estresse hídrico menos exigente em fertilidade do solo que o milho seu valor comercial é cerca de 80% do valor do milho valor biológico alcança 95% do principal cereal.

Em muitos testes recentes, o sorgo com baixo teor de tanino com processamento adequado de ração e formulação de dieta demonstrou desempenho igual para suínos em relação a dietas à base de milho, podendo então, ser um substituto completo do milho na dieta.

Quando se fala em DDGS a partir dos grãos de sorgo, os valores de fibra digestível e energia metabolizável são inferiores aos obtidos com DDGS de milho (Corrassa, 2019). Além disso, alguns trabalhos indicam que uma maior inclusão de DDGS de sorgo provoca piora no desempenho e menor eficiência alimentar para leitões em fase de creche, possivelmente associado à variação na composição nutricional de cada fonte de DDGS, às quantidades de solúveis adicionadas na dieta e a adaptação dos animais.

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