USO ATUAL DO ÓXIDO DE ZINCO
Mas queremos neste artigo dar um destaque especial ao uso de óxido de zinco (ZnO), que não é uma tecnologia nova, mas que apresenta
Por ter efeito bactericida, o ZnO impacta de forma benéfica à saúde intestinal, apresentando bons resultados na diminuição da diarreia, além de outros mecanismos (ainda não elucidados completamente) que promovem a saúde integral, e contribuem para um bom desempenho produtivo.
Sabe-se que os benefícios deste aditivo são perceptíveis apenas com inclusão de altas doses (também conhecida como doses terapêuticas) na dieta, em torno de 2400 a 4000 ppm (Liu et al., 2018). No entanto, a dosagem utilizada atualmente pode contribuir para contaminação ambiental e, além disso, para a resistência bacteriana. Em função desses efeitos negativos, o uso de óxido de zinco vem sendo restringido.
MODO DE AÇÃO
Um dos mecanismos de ação do ZnO é exercer uma proteção aos enterócitos, inibindo a adesão e invasão por bactérias patogênicas (Roseli et al., 2003).
Além disso, esse aditivo age diretamente na inibição de canais basolaterais condutores de potássio, principalmente no cólon, alterando o transporte de íons na mucosa intestinal e reduzindo a secreção de fluidos. Como resultado, ocorrerá uma desidratação da digesta presente no lúmen, o que acaba por dificultar a proliferação de bactérias patogênicas (Fernandes et al.,2020).
No que se refere a modulação da microbiota, acredita-se que o óxido de zinco é capaz de estimular o desenvolvimento de bactérias benéficas que, por ação competitiva, acabam inibindo a proliferação de microrganismos indesejáveis.
Também é perceptível uma redução na permeabilidade intestinal e melhora da morfologia intestinal, com aumento do tamanho de vilosidades e da relação vilo/cripta (Liu et al.,2018).
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E RESISTÊNCIA BACTERIANA
PERSPECTIVAS PARA USO DO ÓXIDO DE ZINCO
Com base na conclusão de que os benefícios do uso de óxido de zinco na prevenção da diarreia não superam os riscos para o meio ambiente, em 2017, a European Medicines Agency (EMEA) recomendou a restrição no uso de todos os produtos veterinários que tenham o metal como base em suas formulações. E no mesmo ano, a Comissão Europeia adotou esta recomendação, determinando que todos os países membros da União Europeia cessassem o uso, com prazo máximo de cinco anos.
No Brasil, restrições deste tipo ainda não estão sendo aplicadas, mas já estão em pautas de discussões e é de se esperar que em um futuro próximo elas
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