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World Nutrition Forum 2023: inovações e biosseguridade na avicultura

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O World Nutrition Forum 2023 reuniu em Cancún – México mais de 800 pessoas entre os dias 08 e 10 de maio. O evento bianual promovido pela DSM, uma das empresas líderes do setor, visa reunir clientes e grandes produtores globais de diversas partes do mundo para discutir inovação e tecnologias que promovam a sustentabilidade da cadeia de produção animal, inclusive da avicultura.

Conversamos com Roberto Kaefer, diretor da GloboAves e presidente da Sindiavipar, que nos contou como foi a experiência dele no evento e dando sua visão holística dos pontos abordados nos painéis dentro da avicultura.

“Tivemos palestras dentro do World Nutrition Forum da DSM muito interessantes. Hoje o mundo fala em sustentabilidade e as palestras foram muito em cima deste assunto. Agora a palavra de ordem é ESG. A sua implantação dita a agenda do mundo e nós, como Sindiavipar, estamos trabalhando para facilitar com que as empresas adentrem neste tipo de trabalho, que tem a sustentabilidade como o primeiro plano”, diz Roberto.

Dentro do modelo sustentável de trabalho, muitas vezes os produtores deixam de registrar o que está sendo feito, que ações estão sendo colocadas em prática e que ajudam o lado ambiental da produção. Roberto acredita que a implantação do ESG auxilia nessa organização e na busca do que precisa ser melhorado.

“Por exemplo: tratamento de afluentes. O sistema de captação das nossas águas, como é que nós utilizamos, como é que nós reutilizamos? E assim por diante”, enfatiza. Roberto também destaca que o ESG é um dos pilares dentro do Sindiavipar: “Ele é o segundo ponto dentro do nosso plano de metas de trabalho. O primeiro é sanidade, questão da Influenza no mundo, cuidar muito desse tema e em segundo a sustentabilidade”.

Dentro do tema Genius, que rege o World Nutrition Forum deste ano, temos a busca por novas tecnologias para enfrentar os desafios futuros da produção animal, e de forma sustentável. A DSM tem em seu DNA a inovação, que permeia todas as suas áreas de negócio, o que inclui o negócio de nutrição animal, promovendo soluções de ponta para os clientes. Como exemplo, podemos citar a produção de ovo especial para produção de vacinas.

Roberto buscou esse tipo de produção referência na Europa, trazendo tecnologias de construção de aviários que requerem aves a um metro de altura do chão, ninhos mecânicos para que o ovo coletado seja perfeito, de uma forma que não o contamine e, assim, possa utilizá-lo para vacina depois.

“Fui buscar a genética e depois da genética fui buscar, principalmente, a nutrição animal. Então, nós fizemos várias reuniões com a DSM. Um grande fator é o que a galinha come, que nutriente que eu dei para ela, que passará para o embrião, e depois para a progênie. Então, tive muita sorte e tranquilidade de ter esse tipo de ciência do meu lado, que me ajudou e até hoje ajuda a produzir esse ovo especial”, destaca Roberto.

Em destaque mundialmente, a Influenza Aviária tem sido o grande temor para os avicultores brasileiros, uma vez que países vizinhos já tiveram casos confirmados, alguns muito próximos de nossas fronteiras. Apesar disso, o Brasil segue livre da Influenza em seu território, graças ao trabalho intenso de órgãos como o MAPA e o Sindiavipar.

Para Roberto, a biosseguridade que vem sendo adotada dentro da avicultura, nas granjas, há muitos anos é destaque nesse status de País livre de Influenza Aviária que mantemos.

“Esse status nós devemos manter com esse tipo de trabalho. Desejamos que esse vírus não chegue ao Brasil. Acredito que a fase mais difícil já passou. A região do Pacífico foi a mais afetada. A Argentina também apresentou casos em dois lugares distintos, mas hoje isso já está praticamente erradicado, está tranquilo, não tivemos outros alertas do vírus em outras companhias”, salienta.

Em países como México, Peru e Argentina, aonde o vírus já chegou, Roberto diz que a rápida ação junto aos produtores é fundamental no controle da doença, a fim de evitar grandes percas na produção e, consequentemente, econômicas.

Redação agriNews Brasil

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